Ayres Britto: Moro no governo compromete imagem do Judiciário

O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto entende que a aceitação de Sergio Moro para ser ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro compromete "a boa imagem social do próprio Judiciário", que deve zelar pela separação e independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; "O Judiciário se define pelo desfrute de uma independência que não pode ser colocada em xeque. Os magistrados devem manter o máximo de distância dos outros dois poderes"

Ayres Britto: Moro no governo compromete imagem do Judiciário
Ayres Britto: Moro no governo compromete imagem do Judiciário (Foto: Esq.: Fabio Pozzebom - ABR / Dir.: Marcelo Camargo - ABR)


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247 - O  ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto entende que a aceitação de Sergio Moro para ser ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro compromete "a boa imagem social do próprio Judiciário", que deve zelar pela separação e independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

"O Judiciário se define pelo desfrute de uma independência que não pode ser colocada em xeque. Os magistrados devem manter o máximo de distância dos outros dois poderes. Isso não parece rimar com o 'espírito da coisa' de um membro do Judiciário pedir exoneração e já se transportar, com mala e bagagens, para um cargo do Poder Executivo", afirmou Britto, de acordo com relatos do jornal O Globo.

De acordo com o ex-ministro, mesmo que a lei brasileira não determine um prazo de quarentena para um juiz ser tornar ministro do Executivo federal, deve prevalecer nesse caso uma "cautela", ditada pelo bom senso, "para não comprometer nem a independência do magistrado nem o conceito social do próprio Poder Judiciário". "Esse tipo de mudança de camisa, tão rapidamente, projeta no inconsciente coletivo, no seio da coletividade, uma imagem pouco favorável dos membros do Poder Judiciário. Ele poderia se candidatar e entrar no Legislativo, mas aí não seria uma coisa tão instantânea. Ele se desligaria voluntariamente do Judiciário e iria disputar no Legislativo", acrescentou.

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