Bolsonaro não é Mussolini, é pior, diz Tarso Genro
Para o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) o discurso de ódio e em direção ao fascismo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) faz parte de 'uma estrutura política que vai em direção ao lúmpen, o desespero das massas, capta a revolta e faz dela um projeto político'; nesta direção, ele avalia que 'Bolsonaro não é Mussolini, é pior" e que a experiência que está se fazendo agora no Brasil e será negativa para toda a América Latina'
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247 - Para o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) o discurso de ódio e em direção ao fascismo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) faz parte de "uma estrutura política que vai em direção ao lúmpen, o desespero das massas, capta a revolta e faz dela um projeto político". Nesta direção, ele avalia que "Bolsonaro não é Mussolini, é pior. Porque condensa essa fragmentação sem intermediários e proporciona um espírito de controle sobre as classes médias tradicionais, que foram captadas para esse ideário, a violência nas ruas não é uma violência policial, é das classes privilegiadas e médias contra os diferentes".
Em uma longa entrevista ao jornal Página 12, Genro observa que a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial de outubro foi conseguida com o apoio da grande mídia, por meio de "manipulação perversa, hipnótica". "Os oligopólios dos meios de comunicação naturalizaram como se Bolsonaro fosse um candidato legítimo, com as mesmas credenciais de Haddad para ser presidente. E isso é uma manipulação perversa, hipnótica, do fascismo social", afirma.
Para ele, "Bolsonaro carece de um projeto de poder, e, em todo caso, o seu consiste no encontro desse fascismo social baseado numa fragmentação social". genro diz, ainda, que o crescimento da extrema direita no Brasil pode contaminar outros países da América Latina. "São formas novas de dominação integral colonial. Esse é um neofascismo emergente aliado com o neoliberalismo. É a experiência que está se fazendo agora no Brasil e será negativa para toda a América Latina, porque é uma visão atrasada e reacionária", afirma.
Leia a íntegra da entrevista.
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