Mercadante: Bolsonaro desarticula o Mais Médicos e abandona os mais pobres

Um dos idealizadores do programa "Mais Médicos", o ex-ministro Aloizio Mercadante comenta o fim da parceria de envio de médicos cubanos ao Brasil; os profissionais eram responsáveis, em grande parte, por atender populações em regiões periféricas ou nos rincões do Brasil; para ele, Bolsonaro promove um pacote de maldades contra o povo ao negar serviços básicos de saúde à parcela da sociedade mais vulnerável; "Muitos ficarão sem atenção básica, pois existe desinteresse de parte da classe médica em atuar nas periferias ou em regiões afastadas", lamenta; assista a íntegra do programa Brasil Primeiro

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TV 247- Um dos idealizadores do "Mais Médicos", o ex-ministro Aloizio Mercadante comenta o fim do programa, que chegou a atender 63 milhões de brasileiros, em regiões periféricas ou nos rincões do Brasil. Para ele,  Bolsonaro promove um pacote de maldades contra o povo ao negar serviços básicos de saúde para a parcela da sociedade mais vulnerável. "Muitos ficarão sem a atenção básica, pois não existe médicos brasileiros que façam o trabalho dos cubanos", lamenta.

Entenda

Em protesto contra o presidente eleito no Brasil Jair Bolsonaro, Cuba decidiu abandonar o programa Mais Médicos, que leva profissionais do país caribenho para outras nações com o objetivo de otimizar o atendimento à população. "O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, declarou e reiterou que modificará os termos e condições do Programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao acordo desta com Cuba, ao questionar a preparação de nossos médicos e condicionar sua permanência no programa à revalidação do título e como única forma de se contratar individualmente", diz o texto do Ministério da Saúde cubano.

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Cubanos preencheram vagas ociosas 

Mercadante, que foi um dos responsáveis pela concepção do programa, explica a origem do "Mais Médicos". "A ideia era aumentar as vagas nas faculdades de medicina para que, no prazo de 10 anos, ocorresse um padrão de qualidade no sistema público de saúde", relembra. 

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"Enquanto as vagas no sistema público não eram preenchidas com a expansão das vagas de medicina na universidades, o governo elaborou um edital público para os médicos atenderem a população em regiões periféricas, o semiárido nordestino e a população ribeirinha", explica Mercadante.

No entanto, o ex-ministro relata que os médicos brasileiros não se interessaram pelas vagas do edital, restando ao governo Dilma à opção de abrir um edital internacional. "Cuba, que é uma exportadora de saúde e tem o trabalho de formar o médico de comunidade, enviou seus profissionais para preencherem as vagas não preenchidas pelos brasileiros", elucida. 

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Ele afirma que, no fim do governo Dilma, havia no Brasil 18 mil médicos participando do programa Mais Médicos, que atendiam 63 milhões de brasileiros. Metade dos profissionais que participavam do programa eram cubanos.
"Com o desinteresse da classe médica brasileira em atuar nas periferias, os mais pobres sofrerão com a falta de profissionais. É um dia muito triste para o povo brasileiro", lamenta.

"Os médicos cubanos atuam em regiões periféricas e nos rincões do Brasil, com dedicação exclusiva e tempo integral no atendimento às comunidades carentes. É lamentável perder esse programa de atenção primária". 

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Mercadante conclui sua análise classificando como um "absurdo" o fim do programa, dizendo que "Bolsonaro está lançando um pacote de maldade contra o povo brasileiro", principalmente com os "mais pobres". 

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