Olavo de Carvalho criou filhos longe da escola, em meio ao esoterismo islâmico

Ligado à extrema-direita, apontado como "guru" do presidente eleito Jair Bolsonaro e responsável pela indicação de dois ministros do futuro governo, Olavo de Carvalho tem um lado de sua vida pouco conhecido; de acordo com sua filha Heloisa de Carvalho, ela foi impedida por ele de frequentar a escola e só veio a se alfabetizar na adolescência; Olavo de Carvalho, hoje defensor intransigente do cristianismo, também viveu durante cinco anos em uma comunidade muçulmana esotérica e foi adepto da poligamia, mantendo ao seu lado até três esposas

Olavo de Carvalho criou filhos longe da escola, em meio ao esoterismo islâmico
Olavo de Carvalho criou filhos longe da escola, em meio ao esoterismo islâmico (Foto: Reprodução/Youtube)


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247 - Ligado à extrema-direita, apontado como "guru" do presidente eleito Jair Bolsonaro e responsável pela indicação de dois ministros do futuro governo, Olavo de Carvalho tem um lado de sua vida pouco conhecido. De acordo com sua filha Heloisa de Carvalho (49), ela foi impedida por ele de frequentar a escola e só veio a se alfabetizar na adolescência. Ainda segundo Heloísa, Olavo de Carvalho, hoje defensor intransigente do cristianismo viveu durante cinco anos em uma comunidade muçulmana esotérica e foi adepto da poligamia, mantendo ao seu lado até três esposas.

As revelações sobre o passado do "defensor do ensino à distância" e do projeto "Escola sem Partido" foram feitas por Heloísa Helena em uma entrevista à Carta Capital. Segundo seu relato, ela cursou "a primeira série do ensino fundamental aos sete anos, tendo passado os seis seguintes longe da escola, assim como seus outros dois irmãos". "Foi só em 1983, quando tinha 12 anos, que voltou a estudar, ao deixar a casa do escritor para morar com uma tia materna, que tomou a decisão de colocar a sobrinha na escola. Já os outros irmãos, que dependeram apenas de Olavo e da mãe para estudar, não passaram da quarta série até hoje", destaca a reportagem.

Conforme Heloísa relata, as crises familiares eram frequentes. Aos dez anos ela presenciou uma tentativa de suicídio da mãe decorrente de uma depressão provocada pelos casos extraconjugais de Olavo. "Com a mãe tendo sobrevivido, mas ainda adoentada, Heloísa foi morar com Olavo e sua nova esposa. Foi quando ele a colocou de volta na escola. Ela tinha de 11 para 12 anos e entrou na segunda série do ensino fundamental, com crianças muito novas", destaca o texto. Foi nesta época que uma tia preocupada com a situação disse que pretendia cuidar da criança. "Ele aceitou facilmente. Então, essa minha tia me colocou para estudar. Eu frequentava o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), em uma favela perto de casa, à noite", relata Heloísa.

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Por volta dos 14 anos, ela recebeu uma visita da mãe que afirmou ter se tornado "uma boa amiga do Olavo, que tinha se separado de sua segunda esposa e agora morava em uma casa grande na região central de São Paulo. Ela me disse que tinha conversado com meu pai e queria que eu fosse morar com eles e com meus irmãos naquela casa". "Chegando lá, vi que não moravam no local só o Olavo, minha mãe e meus irmãos. Na verdade, meu pai estava morando em uma casa coletiva, com mais umas 30 pessoas, em quartos com beliches e triliches", relembra.

"Heloisa ainda não sabia, mas ali funcionava uma tariqa, um centro de estudos esotéricos sobre o islamismo. Seu pai tinha se convertido, era então um muçulmano, fazia as cinco rezas diárias voltado para a cidade de Meca. Mas não foi isso o que mais surpreendeu a jovem. "Ele havia aderido à poligamia, tinha três esposas, a Roxane, a Meri Harakawa e a Tereza", contou Heloísa à reportagem.

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Leia a íntegra da entrevista na Carta Capital.

 

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