Aécio: mesada de R$ 50 mil da JBS e negócios milionários

Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público; uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017; neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador

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247 - Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público. Uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017. Neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador.

Segundo os jornalistas Fábio Fabrini e Reynaldo Turollo Jr. em reportagem veiculada pelo site da Folha de S.Paulo, em troca da propina, segundo as investigações, "Aécio interveio junto ao governo de Minas para viabilizar a restituição de créditos de ICMS de empresas do grupo J&F, que controla a JBS".

O relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) é o ministro Marco Aurélio, que determinou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na última terça (4).

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As investigações foram abertas no ano passado depois que o empresário Joesley Batista e outros ex-executivos do grupo J&F fecharam acordo de delação premiada. As suspeitas apontam para os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Inicialmente, a Polícia Federal pediu ao Supremo medidas mais duras e em relação a mais pessoas, mas a PGR (Procuradoria-Geral da República) discordou da necessidade delas.

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A PF queria a imposição de medidas cautelares —recolhimento noturno, proibição de manter contato com outros investigados e proibição de sair do país— a Aécio e três deputados: Paulinho da Força, Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).

O ministro Marco Aurélio negou as prisões temporárias e autorizou as buscas nos termos do requerimento da PGR. Os políticos que não foram alvo dos mandados continuam, porém, sob investigação (leia aqui). 

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"O quadro revelado [...] demonstra a existência de indícios de relação ilícita entre o investigado Aécio Neves e o Grupo J&F, entre os anos de 2014 a 2017, caracterizada pelo alegado recebimento de quantias em dinheiro, pelo senador ou em seu favor, mediante mecanismos características da lavagem de capitais, via empresas e pessoas identificadas na investigação em curso", escreveu Marco Aurélio da decisão do dia 4, segundo a reportagem da Folha de S.Paulo.

"Há mais: ficaram demonstrados indicativos da atuação do parlamentar, nessa qualidade, como contrapartida aos benefícios financeiros", anotou o ministro. A contrapartida seria a interferência no governo de Minas para restituir ao grupo J&F créditos de ICMS, o principal imposto estadual.

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