Crise da segurança se alastra: Pará e Espírito Santo pedem tropas

Depois do Ceará, agora os governadores do Pará e Espírito Santo pedem tropas federais em seus Estados para conter a crise na segurança pública que começa a se alastrar neste início de governo Bolsonaro;  um dos principais motivos da crise da revolta entre os presos foi a decisão de Temer de não conceder indulto de Natal no fim do ano -o indulto não foi concedido por pressão direta do bolsonarismo, que considerou o indulto, uma tradição no país desde o Império, de ser um "presente de Natal para os bandidos" 

Crise da segurança se alastra: Pará e Espírito Santo pedem tropas
Crise da segurança se alastra: Pará e Espírito Santo pedem tropas (Foto: Fotos: ABr | Reprodução)


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247 - Após o Ceará, alvo de 161 ataques de facções criminosas em 39 cidades do estado desde a última quarta-feira (2), pedir ajuda federal para amenizar a violência no estado, os governadores Renato Casagrande (Espírito Santo) e Helder Barbalho (Pará) querem apoio da Força Nacional para a segurança em seus estados. 

Casagrande tem um encontro nesta quarta-feira (9) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em Brasília, para tratar do reforço da segurança e da estrutura do sistema prisional do estado, que estaria sob ameaça por causa da superlotação. Barbalho pediu envio ao estado de 500 homens da Força Nacional para impedir o avanço da criminalidade. De acordo com a pasta da Justiça, a solicitação está em análise na pasta.

O jornal O Globo veiculou uma versão favorável tanto ao governo Temer como ao de Bolsonaro sobre uma suposto sucesso dos setores da inteligência do Estado -que não se confirma nas ruas do Ceará e agora espalha-se para outros Estados. Segundo o jornal, "fontes do primeiro escalão do ex-presidente Michel Temer e auxiliares diretos do atual ministro da Justiça, Sergio Moro, revelaram que o trabalho das forças de segurança conseguiu neutralizar, nos últimos dias de dezembro, a ação das facções criminosas dentro dos presídios. A inteligência policial não teria eliminado, porém, o risco de que os ataques, que se alastraram pelo interior do Ceará, migrem para prisões de outros estados".

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Ou seja, a crise poderá alastrar-se ainda mais, pois há mais estados sob monitoramento do governo. De acordo com "interlocutores do ministro da Justiça" citados pelo jornal, um dos motivos da revolta entre os presos foi a decisão de Temer de não conceder indulto de Natal no fim do ano -o indulto não foi concedido por pressão direta do bolsonarismo, que considerou o indulto, uma tradição no país desde o Império, de ser um "presente de Natal para os bandidos".

Na semana passada, o Ceará recebeu recebeu 406 agentes da Força Nacional, 100 policiais militares da Bahia e 50 policiais rodoviários federais. Foram incendiados ônibus, carros particulares e oficiais, caminhões de entrega, caçambas de lixo, canteiro de obras, estacionamentos e até uma concessionária de veículo foram incendiados. Prédios públicos foram metralhados, um viaduto e uma ponte tiveram a estrutura danificadas. Também foram encontrados explosivos nos trilhos do metrô de Fortaleza.

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