Mercadante: temos um reacionário conduzindo o ministério da Educação

Em entrevista à TV 247, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Aloizio Mercadante, destaca "o envelhecimento precoce do governo Bolsonaro", após 15 dias, em referência aos recuos e desentendimentos internos da equipe, além dos escândalos de corrupção; sobre a educação, define o ministro da pasta, Ricardo Velez-Rodriguez, como um "fundamentalista reacionário, preso a questões ideológicas", e alerta sobre o risco de interferência no conteúdo do Enem, como foi anunciado; assista

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247 - Com um tom de preocupação, o ex-ministro Aloizio Mercadante, que atuou nos governos Lula e Dilma, observa os rumos do governo Bolsonaro após 15 dias da posse, dando destaque ao ministério da Educação. Em análise à TV 247, ele classifica o novo ministro da pasta, Ricardo Velez-Rodriguez, como um "fundamentalista reacionário, preso a questões ideológicas", e alerta sobre o risco do governo em interferir no conteúdo das provas do Enem. 

Mercadante, que foi ministro da Educação, expõe seu receio com os rumos da pasta, hoje comandada pelo professor colombiano Ricardo Velez-Rodriguez, indicado por Olavo de Carvalho, ideólogo e guru do governo Bolsonaro. "O ministro não possui vivência administrativa alguma e nenhum compromisso com a educação. Seu passado é baseado no fundamentalismo reacionário", critica. 

Ele também condena o fato de o governo querer pautar o conteúdo que será aplicado na prova do Enem. Recentemente, Bolsonaro disse que sua equipe vai vistoriar as provas antes da aplicação do exame, que dá a estudantes acesso a mais de 500 universidades públicas e privadas. Hoje, a prova é o segundo maior sistema de avaliação do mundo, destacou Mercadante, menor apenas que um exame da China. 

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Mercadante explica que não cabe ao ministro ou ao governo regulamentar a prova, mas sim ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). "Uma equipe multidisciplinar e muito séria elabora o exame. É um absurdo pensar que as provas serão censuradas por questões ideológicas", destaca.

O ex-ministro ainda reforça que o conteúdo da prova é "extremamente sigiloso" e que "professores universitários qualificados que produzem as questões". "Tudo é muito criterioso, especialistas das áreas do conhecimento autorizam ou reprovam o conteúdo", elucida. "Não brinquem com o Enem. Se esse sujeito (Velez) começar a brigar com os servidores da casa e se intrometer no conteúdo do exame, as provas não ficarão prontas na data estabelecida", conclui Mercadante.

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O ex-ministro falou ainda sobre a disputa à presidência da Câmara dos Deputados, criticando o provável apoio do PCdoB a Rodrigo Maia. "Acho que é um erro", avalia. Criticou as privatizações planejadas pelo atual governo, defendeu a ida da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a Caracas, onde participou da posse do presidente Nicolás Maduro, e comentou os ataques no Ceará, quando defendeu a atuação do governador Camilo Santana (PT) no combate ao crime organizado.

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