Dilma: Bolsonaro passou fake news à TV italiana

"Em entrevista concedida a um programa de auditório da RAI, emissora italiana de TV, o presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar", afirmou a presidente deposta pelo golpe; "A verdade é que nunca fui integrante deste grupo, jamais participei de qualquer ação armada e não propus ou contribui para a morte de quem quer que seja", afirma ela, apontando "má-fé" de Jair Bolsonaro

Dilma: Bolsonaro passou fake news à TV italiana
Dilma: Bolsonaro passou fake news à TV italiana (Foto: Esq.: Stuckert e Estevam Avellar / Dir.: Marcos Corrêa - PR)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou em seu site que o presidente Jair Bolsonaro "divulgou uma fake news que seus apoiadores vêm disseminando há bastante tempo". "Tornou-se transparente, assim, a origem dessas acusações, uma vez que agora foram feitas diretamente pelo próprio presidente para um público internacional", diz ela.

"Em entrevista concedida a um programa de auditório da RAI, emissora italiana de TV, o presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar. Construiu a sua fala, de modo a passar a ideia de que eu teria participado de ações violentas, em especial de uma que causou a morte de um soldado. A verdade é que nunca fui integrante deste grupo, jamais participei de qualquer ação armada e não propus ou contribui para a morte de quem quer que seja. Pertenci, na verdade, a outra organização política de oposição a ditadura, a VAR-Palmares", acrescentou.

Dilma reforça que os detalhes da sua atuação contra a ditadura militar no Brasil "foram investigados e julgados pelos órgãos integrantes do aparato judicial-repressivo do regime militar, dos quais o então militar Bolsonaro foi próximo".

continua após o anúncio

"Fui presa por três anos, fui torturada, e jamais me interrogaram ou julgaram por tais acusações, que agora, de forma irresponsável e injuriosa, me faz o presidente. Meu nome também não é citado entre os militantes acusados de participarem da ação de São Paulo, no livro que trata do assunto, editado pelos próprios militares, após o fim da ditadura", continua.

"A ação específica a que Bolsonaro e seus apoiadores se referem ocorreu em São Paulo, em 26 de junho de 1968, período em que eu residia em Belo Horizonte e frequentava a Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais. Não tinha o dom da ubiquidade, e ainda não tenho. O presidente está apenas repetindo uma notícia falsa e insidiosa espalhada por seus apoiadores durante a campanha eleitoral, por meio de um vídeo comprovadamente forjado", complementa.

continua após o anúncio

De acordo com a ex-presidente, é a terceira vez que, "por má-fé, essa mesma fake news" é usada contra ela. "A primeira foi em 2010, quando assumi a Presidência da República. A mentira foi divulgada por blogs fascistas. A segunda vez ocorreu na campanha eleitoral do ano passado, quando enormes somas de dinheiro foram gastas para espalhar notícias falsas contra os principais candidatos do PT, nas redes sociais. Agora, já na Presidência da República, Jair Bolsonaro repete aos telespectadores italianos informações falsas usadas para enganar o eleitor brasileiro. É profundamente lamentável que um chefe de Estado venha a proceder dessa forma".

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247