Repouso negado a Bolsonaro pode ser negligência, diz jornalista

Para um profissional da saúde, as cenas são chocantes: Bolsonaro despachando com sonda gástrica, tirando selfie e recebendo cantores em clima  festivo, depois de passar por intervenção delicada e que demanda protocolos rígidos de recuperação e de repouso; o contexto em torno do pós-operatório de um presidente da República é o pior possível; médicos e profissionais de saúde denunciam o amadorismo da equipe do Albert Einstein no trato com a saúde de um paciente, negligência que pode ter até consequências judiciais

Repouso negado a Bolsonaro pode ser negligência, diz jornalista
Repouso negado a Bolsonaro pode ser negligência, diz jornalista (Foto: Divulgação)


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247 - Para um profissional da saúde, as cenas são chocantes: Bolsonaro despachando com sonda gástrica, tirando selfie e recebendo cantores em clima  festivo, depois de passar por intervenção delicada e que demanda protocolos rígidos de recuperação e de repouso. O contexto em torno do pós-operatório de um presidente da República é o pior possível. Médicos e profissionais de saúde denunciam o amadorismo da equipe do Albert Einstein no trato com a saúde de um paciente, negligência que pode ter até consequências judiciais. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "não é preciso ter diploma de médico para saber que uma internação hospitalar após uma cirurgia complexa, semelhante à que foi submetido o presidente Jair Bolsonaro, é um momento fundamental para que o corpo e a mente se readaptem às interferências sofridas. Um tempo de repouso e de cuidados permanentes para que a intervenção humana se harmonize com a lógica vital. O que se tem visto diante da situação de recuperação do chefe da República, porém, é um tormento. Ora é uma fotografia do homem despachando com uma sonda nasogástrica, ora é uma postagem em redes sociais repercutindo algum novo babado ministerial."

A materia ainda acrescenta: "até selfie de dentro do leito presidencial está valendo. Bolsonaro tem subvertido a lógica do necessário descanso da carcaça para um ressurgimento íntegro e, de fato, bem recuperado. Tenho dúvidas e me permito especular se a equipe do Einstein, hospital onde se interna o presidente desde o dia 27 de janeiro, deu aval total para que Bolsonaro seguisse à frente da nau enquanto sente enjoos, febre, constipações, náuseas e demais perrengues de um pós-operatório."

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E complementa: "por mais dividido que este país esteja, penso ser pouco provável que haveria críticas a um afastamento mais efetivo do presidente para que ele tivesse uma reabilitação como deve ser: tranquila, bem assistida, com conquistas diárias, com recomeços e longe de situações de estresse que roubam da mente a energia que deveria ir para as áreas em processo de cura, de rearranjo. Uma faca dançou pelas entranhas do presidente, não foi uma picada de abelha, uma unha que se encravou. O custo de ser o fortão nacional, o homem mais resistente da terra, pode ser altíssimo ao organismo do herói."

 

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