Turma de Bebianno já ameaça Bolsonaro

Aliados do ministro Gustavo Bebianno, como o advogado Sérgio Bermudes, indicam que ele tem munição para permanecer no governo, mesmo depois de ter sido fritado em praça pública por Jair Bolsonaro e seu filho “pitbull” Carlos; segundo Bermudes, Bolsonaro deve sua eleição a Bebianno, o que pode ser interpretado como uma indicação de que o ministro pode revelar os podres de uma campanha ancorada em fake news

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247 - O advogado Sergio Bermudes afirmou nesta quarta (13) que a demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, será um sinal de ingratidão do presidente Jair Bolsonaro e de submissão do chefe do Planalto aos desejos de seu filho, vereador do Rio Carlos Bolsonaro, que fez ataques ao ministro em seu perfil no Twitter. A especulação sobre uma eventual demissão de Bebiano veio após sair na imprensa notícias sobre candidaturas laranjas do PSL quando ele presidia o partido. Trata-se de dinheiro público para candidatos com poucos votos, em um indicativo de candidaturas de fachada.

"Se o Bolsonaro deixar se guiar por Carlos, filho dele, ou por quem quer que seja, vai estar se destruindo e causando um dano irreversível ao país", afirmou Bermudes, de acordo com relato da coluna Mônica Bergamo. "Espero que o presidente se lembre de que ele, como disse claramente, deve a sua eleição a Gustavo Bebianno".

O defensor também afirmou "gostaria de repetir ao presidente os versos de Guerra Junqueiro. 'Nem pode haver por certo/mão avara que o pão recuse a quem lhe deu a seara/que a esmola negue a quem lha deu primeiro".

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Na eleição de 2018, a minigráfica Vidal, pertencente a um membro do diretório estadual do PSL-PE, foi a empresa que mais recebeu verba pública do partido no estado. Sete candidatos do PSL declararam ter gasto R$ 1,23 milhão dos fundos eleitoral e partidário na gráfica de Luis Alfredo Nunes da Silva, que se apresentou como presidente do PSL na cidade de Amaraji, endereço da minigráfica.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, "pelo menos 88% deste valor [R$ 1,23 milhão], a quase totalidade dos repasses de fundo partidário e fundo eleitoral, foram de responsabilidade oficial do presidente nacional do PSL à época, Gustavo Bebianno, então coordenador de campanha de Bolsonaro e hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência."

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Outra matéria do jornal paulista apontou que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro (PSL), deputado federal mais votado em Minas, também teria patrocinado um esquema de candidaturas laranjas no estado que direcionou dinheiro público de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. O comando nacional do partido repassou R$ 279 mil a quatro candidatas, que receberam somente pouco mais de 2.000 votos.

O grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE) também criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018. Segundo a Folha, a prestação de contas de Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, aponta que foram gastos 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos - às vésperas do dia 7 de outubro.

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Cada um dos quatro panfleteiros que ela diz ter contratado teria de distribuir 750 mil santinhos por dia. "A Folha visitou os endereços informados pela gráfica na nota fiscal e na Receita Federal e não encontrou sinais de que ela tenha funcionado nesses locais durante a eleição", diz a matéria.

Carlos Bolsonaro 

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, sofreu nesta quarta-feira (13) um ataque do vereador Carlos Bolsonaro, que chamou o titular da pasta de mentiroso.

"Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista", disse o parlamentar. "Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou", complementou.

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