Bolsonaro faz apologia do regime militar e chama ditador paraguaio de 'estadista'

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247 - O presidente Jair Bolsonaro voltou afazer apologia dos presidentes da ditadura militar brasileiro e afirmou que o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, que governou o país de 1954 a 1989, foi um "estadista". A declaração de Bolsonaro foi feita durante a cerimônia de posse da nova diretoria da usina hidrelétrica de Itaipu, realizada nesta terça-feira (26).

"Eu queria relembrar aqueles que realmente foram os responsáveis por essa obra. Isso tudo, as primeiras tratativas, começaram ainda lá atrás, no governo do marechal Castelo Branco", disse Bolsonaro. Segundo ele, o militar, que chefiou o governo brasileiro de 1964 a 1967, foi eleito sob a "luz da Constituição vigente naquele momento". Castelo foi eleito por meio de uma votação indireta poucos dias após o golpe que depôs o presidente João Goulart, eleito legitimamente pela população.

Ainda segundo ele, a construção da usina de Itaipu "não seria suficiente se não tivesse, do lado de cá [paraguaio], um homem de visão, um estadista, que sabia perfeitamente que seu país, o Paraguai, só poderia prosseguir, progredir, se tivesse energia. Aqui também a minha homenagem ao nosso general Alfredo Stroessner".

O novo diretor-geral brasileiro de Itaipu é o general Joaquim Silva e Luna, que foi ministro da Defesa de Michel Temer (MDB) no ano passado. Ele é primeiro presidente militar de Itaipu nos últimos 30 anos.

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