Mercadante dá aula de democracia a Bolsonaro
Ex-ministro lembra que Bolsonaro "não ajudou a construir a democracia, ao contrário, sempre se posicionou contra. Ele defendeu a ditadura, a tortura e torturadores e chegou a dizer que o Brasil só iria melhorar se '30 mil brasileiros fossem assassinados'"; e rebate que "não são as Forças Armadas que estabelecem os limites da democracia. São a democracia e a constituição que definem o papel e os limites de atuação das Forças Armadas na nação"
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247 - O ex-ministro da Casa Civil e da Educação Aloizio Mercadante reagiu à nova declaração polêmica do presidente Jair Bolsonaro, para quem a democracia só existe quando as Forças Armadas permitem. A fala absurda foi feita durante um rápido discurso na cerimônia no 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais nesta quinta-feira 7.
"O Bolsonaro é pior discutindo democracia do que postando pornografia. Ele não ajudou a construir a democracia, ao contrário, sempre se posicionou contra. Ele defendeu a ditadura, a tortura e torturadores e chegou a dizer que o Brasil só iria melhorar se '30 mil brasileiros fossem assassinados'", lembra Mercadante, em referência também ao vídeo pornô postado por Bolsonaro ao fim do Carnaval, a fim de atacar a festa, que o atacou por cinco dias seguidos, em blocos de rua e nas passarelas, por meio das grandes escolas de samba.
"Não são as Forças Armadas que estabelecem os limites da democracia. São a democracia e a constituição que definem o papel e os limites de atuação das Forças Armadas na nação. A democracia é um sistema tão generoso e flexível, que mesmo aqueles que são contra podem se manifestar e, às vezes, até se eleger presidente", rebate ainda o ex-ministro.
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