Professor é afastado por discordar de Bolsonaro

De acordo com o relatório do processo administrativo, o diretor da escola leu o slogan do governo Bolsonaro e filmou os estudantes e ao dar dar oportunidade de fala para os servidores do colégio, o professor de geografia Wellington Divino Pereira, discordou publicamente do diretor, dizendo que ele violou a Constituição ao ler o slogan e filmado os estudantes

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247 - Um professor de geografia do Colégio Estadual Militar Américo Antunes, em São Luís dos Montes Belos, centro de Goiás, foi afastado por 60 dias depois de discordar da leitura do slogan da campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PSL) e da filmagem de crianças e adolescentes durante a execução do hino nacional. A informação é do jornal O Popular.

Cantar o hino nacional é uma tradição na escola Américo Antunes. Todos os dias os alunos ficam em formação para cantar o hino nacional e ouvir avisos do cotidiano escolar. No entanto, na quarta do dia 27 de fevereiro, o comandante diretor do colégio, o capitão Eduardo Alves Pereira Filho, decidiu ler a carta do Ministério da Educação, que repete o bordão da campanha política de Bolsonaro: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

De acordo com o relatório do processo administrativo, depois de ler a carta na íntegra e filmar os estudantes, o diretor do colégio deu oportunidade de fala para os servidores do colégio. O professor de geografia Wellington Divino Pereira, então, discordou publicamente do diretor, dizendo que ele não deveria ter lido o slogan, nem filmado os estudantes.

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O próprio ministro da Educação, Ricardo Veléz, admitiu que "errou" e retirou o pedido de gravação e leitura do slogan do governo, após diversos juristas e educadores apontarem a inconstitucionalidade do ato.

Mas de acordo com a Secretaria de Educação (Seduc), houve prática de "grave insubordinação" por parte do professor e ainda anexaram a reclamação de cinco pais de estudantes do colégio que acusam o professor de influenciar seus filhos a adotar "doutrinas comunistas" e o ateísmo.

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O professor, por sua vez, denuncia que está sendo perseguido e nega qualquer prática irregular.

Até o prefeito da cidade, Eldecirio da Silva (PDT), major reformado da PM, interferiu no caso. Ele enviou mensagens de WhatsApp para a Coordenação Regional descrevendo supostamente reclamações de pais de estudantes.

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"Os pais reclamaram que ele estava pregando, na cabeça dos filhos deles, comunismo e contra os princípios religiosos. Que estava ensinando contra as doutrinas das igrejas e que o filho estaria rebelde em casa", disse o prefeito.

 

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