Boulos: opção pelo INSS ou pela capitalização é uma falácia

Em análise publicada no jornal Folha de S.Paulo, o líder do MTST, Guilherme Boulos, afirma que o grande objetivo da Reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro "é fazer uma transição radical de modelo: desmontar a Previdência pública, com suas três fontes de financiamento - trabalhador, empregador e Estado - e colocar em seu lugar o regime de capitalização"; de acordo com o ativista, "o argumento de que as pessoas vão poder optar pelo INSS ou a capitalização é uma falácia"

Boulos: opção pelo INSS ou pela capitalização é uma falácia
Boulos: opção pelo INSS ou pela capitalização é uma falácia (Foto: Mídia Ninja )


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247 - Em análise publicada no jornal Folha de S.Paulo, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirma que o grande objetivo da Reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro "é fazer uma transição radical de modelo: desmontar a Previdência pública, com suas três fontes de financiamento - trabalhador, empregador e Estado - e colocar em seu lugar o regime de capitalização, financiado unicamente pelos próprios trabalhadores e gerido por bancos privados".

De acordo com o ativista, "o argumento de que as pessoas vão poder optar pelo INSS ou a capitalização é uma falácia".

"Por duas razões. Primeiro, num país com 37 milhões de trabalhadores informais é absurdo supor que a maioria conseguirá comprovar 20 anos de contribuição; 40 anos, então, nem se fale. Já com as regras atuais, apenas 29% se aposentam por tempo de contribuição. As mulheres e trabalhadores rurais serão ainda mais afetados com o endurecimento das regras", acrescenta.

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"A segunda razão é que o direito de escolha do trabalhador não existe numa economia com alto desemprego. Se quiser optar pelo INSS, a empresa terá de entrar com sua cota de contribuição. Na Previdência privada, ela estará desobrigada. Alguém acredita que uma empresa contratará quem opte pelo regime público? O objetivo é impor a capitalização como modelo", critica.

Segundo Boulos, "o que está em jogo é que futuro queremos: uma sociedade baseada no princípio da solidariedade, que acolha seus idosos, ou então no 'cada um por si', que leve a maioria deles a uma aposentadoria indigna". "A hora de definir é agora. Ainda dá tempo. Vamos hoje às ruas de todo o país em defesa de nossos direitos".

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