Dilma nos 55 anos do golpe: dia de luto e de luta

Presa e tortura durante a Ditadura Militar (1964-1985), a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que "não há nada a comemorar" neste 31 de março, nos 55 anos do início do golpe; "Só rezar pelos mortos e manter a certeza de que iremos resistir ao autoritarismo para construir uma Nação sem ódios, sem mágoas e sem perseguições", disse; de acordo com a ex-presidente, "1964 é uma ferida aberta na história política do país"; "São tempos que evocam prisão, tortura, morte e exílio"

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247 - Presa e tortura durante a Ditadura Militar (1964-1985), a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que "não há nada a comemorar" neste 31 de março, nos 55 anos do início do golpe. 

"Só rezar pelos mortos e manter a certeza de que iremos resistir ao autoritarismo para construir uma Nação sem ódios, sem mágoas e sem perseguições. Uma Nação cheia de cidadania, direitos sociais e humanos e que afirma a soberania nacional", disse ela em nota.

De acordo com a ex-presidente, "1964 é uma ferida aberta na história política do país". "São tempos que evocam prisão, tortura, morte e exílio. Tempos em que a ação dos governos ditatoriais levou ao fechamento do Congresso Nacional, ao cancelamento de eleições diretas para presidente, governador e prefeito e à cassação de ministros do STF".

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"Para isso, manifestemos nossa indignação, como muitos brasileiros e brasileiras estarão fazendo hoje ao participar da Caminhada do Silêncio, em várias cidades do Brasil. Vamos resistir e continuar  lutando por um Brasil mais igual, justo e  soberano".

Leia a íntegra da nota: 

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Os 55 anos do Golpe Militar no Brasil são, para todos nós que lutamos contra o arbítrio, pelas liberdades democráticas e pelos direitos humanos e sociais, uma triste lembrança.

1964 é uma ferida aberta na história política do país. São tempos que evocam prisão, tortura, morte e exílio. Tempos em que a ação dos governos ditatoriais levou ao fechamento do Congresso Nacional, ao cancelamento de eleições diretas para presidente, governador e prefeito e à cassação de ministros do STF.

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Instituíram a censura à imprensa e desencadearam a mais violenta repressão  às greves de trabalhadores e às manifestações estudantis. A gente brasileira, como lamentou o nosso poeta, passou a falar de lado e olhar para o chão.

Não há, portanto, motivo algum para comemorar o 31 de março. Hoje é dia de luto, e de luta. Para que não se esqueça e para que não se repita, os cidadãos brasileiros sairão às ruas em várias cidades do País, na Caminhada do Silêncio pelas Vitimas da Violência do Estado.

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Especialmente porque, passados 55 anos, mais uma vez nos afastamos da democracia. E, hoje, infelizmente, o país não está pacificado. Longe disso. Depois do Golpe de 2016, que me tirou da Presidência da República, vivemos novamente tempos sombrios de ódio e intolerância.

Para surpresa dos democratas, comprometidos com a soberania nacional e os direitos sociais, e para perplexidade da imprensa que o apoiou, os elogios descarados do atual presidente da República ao Golpe de 64 mostram que estamos distantes da pacificação sonhada.

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Em 2012, na instalação da Comissão Nacional da Verdade, eu disse que a ignorância sobre a história não pacifica. Pelo contrário, mantêm latentes mágoas e rancores. A desinformação não ajuda a apaziguar, apenas facilita o trânsito da intolerância.

É duro ver que após a nossa incansável luta pela democracia, a qual muitos pagaram com a vida, outros com a dor e sacrifício, estamos assistindo, agora, a uma comemoração do golpe de 1964, forjada pelo atual Presidente. Todos sabemos que brasileiros e brasileiras foram assassinadas pela ditadura e muitos estão “desaparecidos” até hoje. Amigos e familiares guardam a dor da ausência de muitos de seus filhos e pais.

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Não há nada a comemorar nesse dia. Só rezar pelos mortos e manter a certeza de que iremos resistir ao autoritarismo para construir uma Nação sem ódios, sem mágoas e sem perseguições. Uma Nação cheia de cidadania, direitos sociais e humanos e que afirma a soberania nacional.

Para isso, manifestemos nossa indignação, como muitos brasileiros e brasileiras estarão fazendo hoje ao participar da Caminhada do Silêncio, em várias cidades do Brasil.

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Vamos resistir e continuar  lutando por um Brasil mais igual, justo e  soberano.

Ditadura nunca mais!

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