Para 86% dos brasileiros, progresso está ligado à redução das desigualdades sociais

A grande maioria dos brasileiros (86%) acredita que o progresso do Brasil está diretamente ligado à redução da desigualdade econômica entre ricos e pobres, e 94% concordam que o imposto pago deve ser usado para beneficiar os mais pobres do país; a informação faz parte de uma pesquisa da Oxfam Brasil, que integra uma organização global que tem como objetivo combater a pobreza, as desigualdades e as injustiças em todo o mundo

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Para 86% dos brasileiros, progresso está ligado à redução das desigualdades sociais


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247 - A grande maioria dos brasileiros (86%) acredita que o progresso do Brasil está diretamente ligado à redução da desigualdade econômica entre ricos e pobres, e 94% concordam que o imposto pago deve ser usado para beneficiar os mais pobres do país. A informação faz parte de uma pesquisa da Oxfam Brasil, que integra uma organização global que tem como objetivo combater a pobreza, as desigualdades e as injustiças em todo o mundo.

Além disso, 77% dos brasileiros afirmam que defendem o aumento de impostos para as pessoas muito ricas para financiar políticas sociais.

A pesquisa Oxfam Brasil/Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (8), foi feita nacionalmente entre os dias 12 e 18 de fevereiro deste ano e foi encomendada com o objetivo de ampliar o debate sobre as desigualdades no país. O levantamento indica que a sociedade brasileira percebe os problemas da distribuição de renda no país, mas ainda não compreende o real tamanho das desigualdades brasileiras.

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"Só avançaremos no combate às desigualdades se os temas do racismo, da discriminação de gênero e do respeito à diversidade, da discriminação pelo endereço de moradia, do assassinato de jovens de periferia, tiverem a mesma urgência que os temas econômicos e fiscais", afirma Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil.

"É fundamental que os temas sobre a disparidade da renda entre o topo e a base da pirâmide sejam tratados com a mesma urgência dadas às soluções econômicas e fiscais. Há um descompasso entre as percepções da sociedade sobre as desigualdades e a agenda política do país", acrescenta Oded Grajew, presidente do Conselho Deliberativo.

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Para Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam Brasil e autor da nota informativa, o aumento da percepção da população sobre as desigualdades não se limita às questões de renda e cita o exemplo o ponto de vista dos brasileiros quanto ao machismo e racismo.

"Quando perguntados sobre abordagem policial ou o sistema de Justiça, a maioria dos entrevistados percebe que a cor da pele influencia negativamente. Essa percepção sobre o racismo institucional é uma condição importante para que ele seja efetivamente combatido", diz Rafael.

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Ainda segundo a pesquisa, 64% dos brasileiros afirmam que as mulheres ganham menos só pelo fato de serem mulheres – na primeira pesquisa, de 2017, eram 57%. Já a parcela dos que concordam que a cor da pele interfere no nível de rendimentos aumentou de 46% para 52% no mesmo período.

O tema "tributação" foi outro assunto abordado pelos entrevistados: 4 em cada 5 brasileiros concordam com o aumento dos impostos de pessoas muito ricas para financiar políticas sociais, ante 71% em 2017. Para 94% da amostra, o imposto pago deve beneficiar os mais pobres.

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Quando questionados sobre as prioridades para a redução das desigualdades, os entrevistados deram uma nota de 0 a dez às alternativas propostas: o combate à corrupção ganhou nota de 9,7, e o investimento público em saúde, assim como a maior oferta de emprego e investimento público em educação, tirou a média de 9,6.

Chamou atenção ainda a baixa adesão a um projeto de um Estado Mínimo para o Brasil, pois 84% concorda que é obrigação dos governos diminuir a diferença entre muito ricos e muito pobres, ante 79% em 2017; além de 75% apoiar a universalidade do ensino público fundamental e médio, e de 73% defender a universalidade para atendimento em postos de saúde e hospitais.

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Com informações da Oxfam Brasil

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