Weintraub, do MEC, diz que vai cortar verbas de escolas onde crianças sem-terra estudem

Empolgado com a visita do presidente Jair Bolsonaro ao MEC, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, aproveitou para fazer ataques ao MST; sem citar números, o ministro afirmou que vai cortar recursos destinados a escolas onde estão localizados acampamentos e assentamentos dos trabalhadores sem-terra, pois, segundo ele, as verbas públicas seguiam "viés ideológico"

Weintraub, do MEC, diz que vai cortar verbas de escolas onde crianças sem-terra estudem
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247 - O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que vai cortar recursos destinados a escolas onde estão localizados acampamentos e assentamentos dos trabalhadores dos sem-terra. O ministro diz que, se depender dele, não haverá mais recursos para o que chamou de "escolinha dos sem terrinha", em referência ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

As declarações do ministro foram durante a visita do presidente Jair Bolsonaro ao MEC. O ministro diz que as verbas públicas seguia, até então, "viés ideológico" e por isso vai cortar os investimentos.

"A gente está chegando ao governo e vendo que muitos recursos públicos estavam indo para áreas que têm forte viés ideológico. Muitas escolas 'sem terrinha' são sustentadas com dinheiro do povo, do contribuinte, do pagador de imposto. Você aí está pagando mais caro o leite do seu filho, uma parte desse imposto, ICMS, acaba indo para a escolinha dos 'sem terrinha'. Isso tem que acabar", disse o ministro, insinuando uma suposta irregularidade nos recursos alocados em escolas públicas.

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"Quer fazer, faz com o dinheiro deles. Não com o nosso", completou.

O que o ministro chama de "escolinha dos sem terrinha" são na verdade mais de 2 mil escolas públicas, reconhecidas pelo MEC, nos acampamentos e assentamentos em todo o país, que atendem a crianças, adolescentes e adultos.

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Apesar do discurso do ministro, a Constituição garante o direito à educação a todos os brasileiros, inclusive os filhos dos trabalhadores sem-terra. E foi justamente por conta desse direito que milhares de camponesas e camponeses, crianças e adultos, organizados pelo MST, tiveram acesso a alfabetização e se formaram no ensino fundamental, médio, cursos técnicos e em nível superior.

"Há filhos e filhas de famílias assentadas em mais de cem turmas de cursos formais e mais de 4 mil professores foram formados, a partir das lutas pela educação pública, considerada pelo Movimento enquanto um direito básico", lembra o MST em nota.

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