Bolsonaro frita general Santos Cruz e abre crise militar no governo
A semana começa com nova crise militar no governo; mais uma vez Bolsonaro se envolve na briga que o guru Olavo de Carvalho faz contra a presença de militares no Planalto; o presidente desautorizou uma fala do ministro de Governo, o general Santos Cruz, insuflando o setor que quer reduzir o espaço dos militares; um dos militares com funções no Palácio do Planalto lamentou: "Não é construtivo para ninguém. É tudo que a esquerda deseja, nossa desunião e o desajuste de ideias"
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247 - A semana começa com nova crise militar no governo. Mais uma vez Bolsonaro se envolve na briga que o guru Olavo de Carvalho faz contra a presença de militares no Planalto. O presidente desautorizou uma fala do ministro de Governo, o general Santos Cruz, insuflando o setor que quer reduzir o espaço dos militares. Um dos militares com funções no Palácio do Planalto lamentou: “Não é construtivo para ninguém. É tudo que a esquerda deseja, nossa desunião e o desajuste de ideias”.
O general é alvo há dias de campanha nas redes sociais, conduzida por Olavo de Carvalho. A Secretaria de Comunicação Social - Secom é subordinada à pasta de Santos Cruz.
A informação é da coluna Painel, no jornal Folha de S.Paulo. “O estopim para a farpa lançada pelo presidente contra o ministro foi uma entrevista concedida por Santos Cruz à jornalista Vera Magalhães há um mês. Na ocasião, ele fez um chamado ao comedimento nas redes e disse que seu uso deveria ser “disciplinado” para evitar distorções do debate por extremistas”.
A menção que o general fez a "disciplinar" o uso das redes provocou a reação de Bolsonaro, que tuitou neste domingo (5) declaração rechaçando regulação das mídias.
Santos Cruz está no alvo de uma campanha de desestabilização interna. Sua atuação é questionada por olavistas que veem nele um entrave a manifestações mais incisivas de Bolsonaro nas redes, diz a coluna. Por outro lado, há reclamações nos ministérios porque o general segura a publicidade. Como pano de fundo, estão as manobras para entregar a área de Comunicação do governo ao filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
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