MEC tenta violar dados de alunos para emitir carteira estudantil e sufocar UNE

A demissão do presidente do Inep, Elmer Vicenzi, foi motivada por uma queda de braço entre o departamento jurídico do órgão e o ministro, após pedido de quebra de sigilo dos alunos, violando a Constituição, para atender o interesse do governo de Jair Bolsonaro de criar uma nova carteira estudantil e assim acabar com a fonte de custeio da UNE

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247 - A demissão do presidente do Inep, Elmer Vicenzi, foi motivada por uma queda de braço entre o departamento jurídico do órgão e o ministro, após pedido de quebra de sigilo dos alunos, violando a Constituição, para atender o interesse do governo de Jair Bolsonaro de criar uma nova carteira estudantil e assim acabar com a fonte de custeio da UNE.

Por trás da demissão do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Vicenzi, nesta quinta-feira (16), está a tentativa de violar dados sigilosos dos alunos  - passando por cima da Constituição - para atender o interesse ideológicos do governo de Jair Bolsonaro de criar uma nova carteira estudantil e assim, como fizeram com os sindicatos, cortar a principal fonte de custeio da União Nacional dos Estudantes (UNE).

A informação foi publicado pelo jornal O Globo, que teve acesso a relatórios internos da autarquia que revelam que a área técnica do Inep contrariou pedido do Ministério da Educação (MEC) para usar dados sigilosos de alunos na emissão de uma nova carteira estudantil, que seria digital.

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"A medida, no entanto, não contou com respaldo da área jurídica nem do departamento técnico do Inep, que coleta e armazena as informações pessoais de alunos por meio dos censos educacionais", destaca a reportagem.

Vicenzi tentou atropelar a Consultoria Jurídica do Inep e chegou a determinar a demissão de um dos advogados que assina o parecer contra o pedido do MEC, gerando um crise chegou interna. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, decidiu pela demissão para tentar conter o escândalo, apesar de Vicenzi  - que é delegado da Polícia Federal - tentar cumprir o seu pedido.

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De acordo com os pareceres internos da consultoria jurídica, a tentativa do MEC de usar os dados para fazer as carteirinhas contraria a legislação em vigor sobre sigilo de dados pessoais. A pressão pela obtenção das informações se intensificou a partir de pedido formal da pasta ao instituto para acessar a base do Censo da Educação Superior, que traz informações de alunos e profissionais individualmente, inclusive das redes privadas e estaduais.

"O preço a ser pago pela quebra de sigilo estatístico será a inviabilização do planejamento de políticas públicas. O sigilo contribuiu para a veracidade das informações prestadas pelo cidadão e, consequentemente, para a elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento nacional e à melhoria da qualidade de vida dos brasileiros", afirma o parecer.

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