Haddad: povo quer livro e carteira de trabalho assinada, não arma

"O governo está ameaçando os institutos federais de ensino. Tanto a Ufam como o Ifam, no Amazonas, tiveram cortes drásticos no seu custeio que compromete a saúde financeira das instituições e pode comprometer já a disposição de vagas, contratação de professores e o plano de expansão que foi elaborado ainda no governo Lula e que estava a pleno vapor", lembrou o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, em visita a Manaus na Caravana Lula Livre

Haddad: povo quer livro e carteira de trabalho assinada, não arma
Haddad: povo quer livro e carteira de trabalho assinada, não arma


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O ex-ministro da Educação Fernando Haddad está em Manaus nesta quinta-feira (23) comandando a Caravana Lula Livre, em defesa da liberdade do ex-presidente, preso político desde abril do ano passado.

Em coletiva de imprensa pouco antes da "Barqueata", saída de diversos barcos com parada no Encontro das Águas, e visita à comunidade Cidade Flutuante, no Lago do Catalão, pela orla da cidade, Haddad falou sobre o decreto que flexibiliza o porte de armas, os cortes na educação e as políticas de preservação ambiental para a região.

"O governo está ameaçando os institutos federais de ensino. Tanto a Ufam como o Ifam, no Amazonas, tiveram cortes drásticos no seu custeio que compromete a saúde financeira das instituições e pode comprometer já a disposição de vagas, contratação de professores e o plano de expansão que foi elaborado ainda no governo Lula e que estava a pleno vapor", enfatizou.

continua após o anúncio

Haddad afirmou ainda que o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas "viola a lei". "Nós temos um estatuto que rege o acesso do cidadão as armas. Tem que ter critério. Se todo mundo começar a comprar arma, só vai aumentar o número de acidentes e a violência", argumentou.

Ele lembrou que todos os estudos apontam que quanto mais armas mais violência. "A nossa mensagem sempre foi: mãos têm que carregar livro e carteira de trabalho assinada. Não é para portar arma. A mão do ser humano foi feita para trabalhar e estudar. Esse é o futuro. Esse é o desenvolvimento", defendeu. "Portar armas vai remeter o país a trezentos anos atrás".

continua após o anúncio

Questionado sobre a reforma administrativa do governo Bolsonaro, que reduziu o número de ministérios, Haddad lembrou que é uma prerrogativa do presidente da República montar o seu governo como achar mais adequado.

"Na minha opinião, todo chefe do Executivo tem o direito de organizar o governo da maneira que estabeleceu. Então, se ele acha que tem que cortar o ministério dos negros, das mulheres, se ele acha que tem que cortar o ministério da cultura, ele é o presidente da República. Mas eu não cortaria o ministério da Cultura, nem o ministério voltado para mulheres e negros. Muito menos o Ministério do Trabalho", disse o ex-ministro.

continua após o anúncio

Segundo Haddad, o Ministério do Trabalho tem papel crucial na geração de emprego, num momento em que o desemprego atinge mais de 13 milhões de brasileiros. 

"Ministério do Trabalho, num momento de crise, é fundamental para a geração de emprego. Ele [Bolsonaro] cortou. E veja que está caindo a economia", frisou.

continua após o anúncio

 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247