Instituto diz que reforma pode impedir aposentadoria de trabalhadores rurais

Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Lúcia Berwanger, o pagamento de R$ 600 fixos por ano, por núcleo familiar, previsto na reforma, ignora a instabilidade da produção no campo, por questões climáticas ou pragas; as afirmações foram feitas durante debate na última quarta-feira (22) em audiência pública da comissão especial da Câmara dos deputados que analisa a matéria

Instituto diz que reforma pode impedir aposentadoria de trabalhadores rurais
Instituto diz que reforma pode impedir aposentadoria de trabalhadores rurais (Foto: Foto: Divulgação/RBA)


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247 - Para a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Lúcia Berwanger, o pagamento de R$ 600 fixos por ano, por núcleo familiar, previsto na reforma, ignora a instabilidade da produção no campo, por questões climáticas ou pragas. As afirmações foram feitas durante debate na última quarta-feira (22) em audiência pública da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a matéria.

"Se colocasse para o trabalhador escolher se prefere pagar 3% ou 4% do faturamento anual, em vez de pagar uma contribuição fixa, certamente ele iria preferir a primeira opção, porque ele não sabe quanto vai ganhar com a venda da produção", disse.

Berwanger disse que as regras podem fazer com que os trabalhadores rurais sejam jogados na miserabilidade e precisem recorrer ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). "Temos de decidir se vamos valorizar o trabalho rural ou se vamos dar esmola para essas pessoas."

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A especialista alertou ainda para o risco de generalização sobre fraudes no setor. Ela explica que os 97 mil indícios de fraude em aposentadorias rurais apontados por auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) representam 1% do total de 9,5 milhões de benefícios concedidos. Para o deputado Vinícius Poit (Novo-SP), porém, o sistema atual acaba produzindo injustiças e favorece fraudes. "Os bons pagam pelos ruins e isso é muito duro e injusto".

Fonte: Agência Câmara 

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