Violência contra a mulher é debatida hoje, no plenário da Assembleia

O problema da violência contra a mulher fi tema de debate, no início da sessão de hoje, na Assembleia Legislativa, a partir dos dados do II Boletim Trimestral sobre Violência contra a Mulher no Estado, elaborado pelo Instituto Maria da Penha. De acordo com o novo boletim, no segundo trimestre de 2018 houve um pequeno arrefecimento nessa dinâmica de violência e crime.101 homicídios, ou seja, uma queda de 12,41 % em relação ao mesmo período de 2017. Entretanto, na comparação acumulada semestre a semestre, houve um aumento geral de 2,57% (de 2.299 para 2.358) e de 91% na mortalidade de mulheres (de 122 para 229 mulheres assassinadas). Diversos deputados da situação e da oposição participaram do debate se solidarizando com os resultados do relatório

Violência contra a mulher é debatida hoje, no plenário da Assembleia
Violência contra a mulher é debatida hoje, no plenário da Assembleia (Foto: Arquivo AL)


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Ceará 247 - O deputado estadual Ely Aguiar(PSDC) abordou hoje, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, o aumento da violência contra a mulher, apresentando os dados do II Boletim Trimestral sobre Violência contra a Mulher no Estado, elaborado pelo Instituto Maria da Penha.

De acordo com o novo boletim, no segundo trimestre de 2018 houve um pequeno arrefecimento nessa dinâmica de violência e crime.101 homicídios, ou seja, uma queda de 12,41 % em relação ao mesmo período de 2017. Entretanto, na comparação acumulada semestre a semestre, houve um aumento geral de 2,57% (de 2.299 para 2.358) e de 91% na mortalidade de mulheres (de 122 para 229 mulheres assassinadas).

Diversos deputados da situação e da oposição participaram do debate se solidarizando com os resultados do relatório e destacando a falência das políticas de atendimento à mulher, promovidas desde o golpe de 2016. A oposição cobrou medidas do Governo do Estado para alterar esse quadro.

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O líder do governo, deputado Evandro Leitão (PDT), afirmou que o Estado tem dado atenção especial e procurado desenvolver políticas para as mulheres e lembrou a implantação da Casa da Mulher Brasileira, conquistada pela luta dos movimentos sociais e entregue pelo governador Camilo Santana, no último mês de junho.  “O equipamento é a 5º no Brasil e o 2º no Nordeste”, destacou o deputado.

Em aparte, Capitão Wagner (Pros) parabenizou a abordagem do assunto e disse que soma em defesa das mulheres.  “Me somo no sentido de fazer com que as autoridades entendam que segurança é muito mais ampla do que o trabalho que esta sendo feito no Estado”, ressaltou.

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O deputado Dr.Leônidas (Patriota) afirmou que os números são “estarrecedores”. “Temos que vigiar e caminhar na frente de um projeto maior, antes que aconteça o crime. Ter a educação como forma de consciência desse progresso da mulher”, pontuou.

Com apenas sete representantes na Assembleia, as deputadas estaduais não participaram do debate.

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Mais cedo, o deputado Renato Roseno (Psol) lembrou que completam-se hoje 120 dias do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. “Após todo este período de uma brutal, covarde e violenta execução, o crime continua sem punição e responsabilização”, afirmou.

O relatório do Instituto Maria da Penha apresenta índices basante preocupantes e destaca que no tocante à diminuição nos homicídios, no 2º trimestre de 2018, é preciso considerar alguns fatores importantes, como: o recorde histórico de chuvas em abril, a Greve dos Caminhoneiros em maio, e de uma maneira mais sutil e elusiva, o fenômeno do “Regression to the Mean” (“Regressão à Média”).

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No que concerne à questão da violência letal contra a mulher no estado não há o que se comemorar no 2º trimestre de 2018, pelo contrário, à contínua e profunda “feminização” dos homicídios no Ceará junta-se a cruel chacina desproporcional de mulheres, fenômenos diretamente relacionados à expansão do território do crime organizado.

Os impactos dessas mudanças na demografia dos homicídios no Ceará e em estados que apresentam índices de homicídio exorbitantes (Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Pará, entre outros) continuarão a produzir mudanças comportamentais, psicológicas e de saúde profundas e duradouras.

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