Sebastião Salgado perde para Edward Snowden

"Todos os brasileiros que estiveram ligados na última transmissão do Oscar tinham uma pontinha de esperança em levar a estatueta por “Sal da Terra” - nosso representante no tapete vermelho. Na obra dirigida pelo alemão Wim Wenders, e pelo estreante Juliano Salgado, fora retratada a jornada do nosso grande ícone da fotografia atual, o Sebastião Salgado, e sua obra em Gênesis", diz Rafael Samways, em sua nova coluna sobre a cena cultural

"Todos os brasileiros que estiveram ligados na última transmissão do Oscar tinham uma pontinha de esperança em levar a estatueta por “Sal da Terra” - nosso representante no tapete vermelho. Na obra dirigida pelo alemão Wim Wenders, e pelo estreante Juliano Salgado, fora retratada a jornada do nosso grande ícone da fotografia atual, o Sebastião Salgado, e sua obra em Gênesis", diz Rafael Samways, em sua nova coluna sobre a cena cultural
"Todos os brasileiros que estiveram ligados na última transmissão do Oscar tinham uma pontinha de esperança em levar a estatueta por “Sal da Terra” - nosso representante no tapete vermelho. Na obra dirigida pelo alemão Wim Wenders, e pelo estreante Juliano Salgado, fora retratada a jornada do nosso grande ícone da fotografia atual, o Sebastião Salgado, e sua obra em Gênesis", diz Rafael Samways, em sua nova coluna sobre a cena cultural (Foto: Leonardo Attuch)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Rafael Samways, especial para o 247

Todos os brasileiros que estiveram ligados na última transmissão do Oscar tinham uma pontinha de esperança em levar a estatueta por “Sal da Terra” - nosso representante no tapete vermelho. Na obra dirigida pelo alemão Wim Wenders, e pelo estreante Juliano Salgado, fora retratada a jornada do nosso grande ícone da fotografia atual, o Sebastião Salgado, e sua obra em Gênesis. No entanto, mais uma vez o prêmio escapa de nossas mãos. Tenho dúvidas se podemos dizer que este filme seja nacional. A sua produção foi uma aliança entre Brasil, França e Itália, e com o pequeno detalhe: dirigido de verdade por um cineasta alemão.

Acho justo “Citizenfour” ter levado o prêmio da Academia de Hollywood na categoria em que competia Salgado. O tema abordado, sob o aspecto politico e mundial, acabou tendo muita relevância por seus protagonistas: Edward Snowden, Julian Assange e outros. Além de dar maior visibilidade a um assunto amplamente discutido pela mídia mundial, o Doc provoca uma série de novas questões, e mostra um lado dos “ativistas pela liberdade de informação” não captados anteriormente.

Na produção que está disponível na maioria dos cinema do Brasil, a “Teoria sobre Tudo” (ganhador do Oscar de melhor ator para o Eddie Redmayne) busca retratar a história do Stephen Hawking. Entretanto, o romance entre o astro-fisico e sua namorada Cambridge Jane Wide é ponto alto da biografia. No filme existem detalhes da importância dela nas principais realizações do seu ex-marido. Vale muito assistir, e ter olhos para a mulher forte que está por trás de um dos maiores gênios de nossa geração.

Já para as obras mais provocativas (ou provocadoras?) no meu ponto de vista (sendo meio cliché), gostaria de lembrar de duas realizações nacionais que de tempos em tempos deveríamos dar um play. Trata-se da majestosa “edição + trilha sonora” sobre o século XX do cineasta Marcelo Massagão: “Nós que aqui estamos, por vós esperamos” http://youtu.be/mOJYZSdmv8o. E o fantástico Ilha das Flores. Neste, a linguagem didática e gráfica do Jorge Furtado trouxe reflexos para o áudio-visual brasileiro o deixando na vanguarda. Até hoje vemos a referências do filme em peças publicitárias nos horários nobres da vida. Vale dar o clique e rever: http://youtu.be/e7sD6mdXUyg

No Mp3

Nesta semana o rapper Emicida disponibilizou seu novo single. Em parceria com o franco-nigeriano Féfé, os rappers fazem uma canção unindo as mazelas sociais e angústias dos “exilados” dos dois países. Ouça aí! https://www.youtube.com/watch?v=U-5QuXxtY2Q

Já na cena alternativa fiquemos atentos ao retorno da banda curitibana Copacabana Club. O quarteto lançou no início do ano duas novas canções para mexer com público mais “descolado” das pistas de dança. Ótimo som! http://soundcloud.com/copacabanaclub/sets/human-up-single-free-download

No confessionário

Em conversa com uma querida milanesa (Italiana) fiquei constrangido em não conseguir acompanhar seu repertório cinéfilo e musical da cena ítalo-pop. Na real, como a maioria dos brasileiros tenho muito apreço pelas obras do Federico Fellini, em especial para Ginger e Fred (1985). Ja para os Blockbusters, quem não viu A Vida é Bela, ganhador do Oscar em 1999? Bem, juro que irei tentar assistir e divulgar mais as produções de nosso irmãos europeus. Para me redimir, deixo uma dica de cantor (pop com estilo de produções estadunidenses e grandes sacadas sociais) para inspirar um sábado à noite: http://youtu.be/PiFrP5qWw7I

Namaste!

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247