O que pensavam os chefes militares soviéticos no início da guerra com a Alemanha nazista?

O Ministério da Defesa da Rússia, no aniversário do início da Grande Guerra Pela Pátria, publicou no seu site mais de 100 páginas de memórias desclassificadas de chefes militares soviéticos

russos contra o nazismo
russos contra o nazismo (Foto: Leonardo Attuch)


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Da Agência Sputinik

O Ministério da Defesa da Rússia, no aniversário do início da Grande Guerra Pela Pátria, publicou no seu site mais de 100 páginas de memórias desclassificadas de chefes militares soviéticos.

Nestes documentos, os comandantes de regiões militares, de exércitos, de corpos de exército e de divisões responderam a várias perguntas preparadas pelos investigadores de história militar do Estado-Maior General do Exército Soviético.

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"As respostas dos chefes militares soviéticos contêm a informação completa sobre o processo de desdobramento das forças das regiões militares especiais do Báltico, de Kiev e da Bielorrússia… e do nível de preparação da linha defensiva ao longo da fronteira nacional no início da guerra", declarou o Ministério.

O grupo de Pokrovsky

Esta pesquisa junto dos chefes militares foi realizada por um grupo sob direção do coronel-general Pokrovsky. O grupo foi criado em 1952 para preparar uma descrição da história da Grande Guerra pela Pátria. Os chefes militares responderam sobre planos e informações do exército e sobre os primeiros combates com tropas nazistas.

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Entre os interrogados estavam o marechal Ivan Bagramyan, os tenentes-generais Sobennikov e Derevyanko e outros. Suas respostas criaram depois a base para uma grande quantidade de obras científicas fundamentais sobre a Grande Guerra pela Pátria.

A subvalorização da ameaça

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Assim, o tenente-general Kuzma Derevyanko assinalou que em 1941 relatou repetidamente sobre a concentração de forças nazistas nas regiões fronteiriças. Naquela altura, Derevyanko ocupava o cargo de vice-chefe do departamento de informações do estado-maior da Região Militar Especial do Báltico.

"Contudo, eu fiquei convencido que o comando da região subestimava a ameaça e desconfiava de grande parte dos dados", escreve ele.

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Segundo Derevyanko, desde os primeiros dias de junho de 1941 que os dados sobre a o início da guerra contra a União Soviética chegavam ao estado-maior da região. Três ou quatro dias antes do ataque, os agentes até comunicaram a hora provável em que o ataque seria realizado.

A guerra inesperada

O tenente-general Pyotr Sobennikov, que chefiava as forças do 8º Exército da Região Militar Especial do Báltico, escreveu que a guerra começou para todos de forma inesperada.

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De acordo com Sobennikov, na própria noite de 21 para 22 de junho de1941, ele recebeu pessoalmente uma ordem do chefe de estado-maior da frente Klenov para, até ao amanhecer de 22 de junho, retirar as tropas da fronteira. No entanto, ele se recusou categoricamente a fazê-lo e os soldados permaneceram nas suas posições.

 
O tenente-general contou também sobre a derrota da 48ª Divisão. De acordo com Sobennikov, a divisão saiu de Riga e "se deslocava com música em direção à fronteira" desconhecendo a ameaça.

A divisão "foi atacada a partir do ar e pelas tropas alemãs que romperam através da fronteira, sofrendo pesadas baixas e tendo sido destruída antes de chegar à fronteira", escreveu ele.

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Ao mesmo tempo, continuou ele, toda a aviação da Região Militar do Báltico foi queimada nos aeródromos.

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