Obra de Florestan Fernandes sobre a causa Negra será relançada

Livro do sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) Significado do Protesto Negro, publicado pela Editora Cortez/Autores Associados, em 1989, será relançado com textos da primeira versão foram reproduzidos e mais três outros, publicados separadamente; sociólogo fez um diagnóstico mais aprofundado do que os debates nas mídias sociais sobre a questão racial; “A democracia só será uma realidade quando houver, de fato, igualdade racial no Brasil e o negro não sofrer nenhuma espécie de discriminação, de preconceito, de estigmatização e de segregação, seja em termos de classe, seja em termos de raça”; leia a reportagem de Eduardo Nunomura, na Carta Capital  

Livro do sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) Significado do Protesto Negro, publicado pela Editora Cortez/Autores Associados, em 1989, será relançado com textos da primeira versão foram reproduzidos e mais três outros, publicados separadamente; sociólogo fez um diagnóstico mais aprofundado do que os debates nas mídias sociais sobre a questão racial; “A democracia só será uma realidade quando houver, de fato, igualdade racial no Brasil e o negro não sofrer nenhuma espécie de discriminação, de preconceito, de estigmatização e de segregação, seja em termos de classe, seja em termos de raça”; leia a reportagem de Eduardo Nunomura, na Carta Capital
 
Livro do sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995) Significado do Protesto Negro, publicado pela Editora Cortez/Autores Associados, em 1989, será relançado com textos da primeira versão foram reproduzidos e mais três outros, publicados separadamente; sociólogo fez um diagnóstico mais aprofundado do que os debates nas mídias sociais sobre a questão racial; “A democracia só será uma realidade quando houver, de fato, igualdade racial no Brasil e o negro não sofrer nenhuma espécie de discriminação, de preconceito, de estigmatização e de segregação, seja em termos de classe, seja em termos de raça”; leia a reportagem de Eduardo Nunomura, na Carta Capital   (Foto: Leonardo Lucena)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - "Não passou despercebida a forma racista com que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, se referiu ao ex-ministro e ex-colega de Corte Joaquim Barbosa. A expressão 'negro de primeira linha' oculta, como o próprio ministro admitiu depois, um viés racista presente no 'nosso inconsciente'", escreve Eduardo Nunomura, na Carta Capital.

O jornalista lembra que uma o sociólogo Florestan Fernandes fez um diagnóstico mais aprofundado sobre a questão racial do que os debates nas redes sociais. “A democracia só será uma realidade quando houver, de fato, igualdade racial no Brasil e o negro não sofrer nenhuma espécie de discriminação, de preconceito, de estigmatização e de segregação, seja em termos de classe, seja em termos de raça”.

Nunomura reforça que, "escrita há 30 anos, essa frase está no livro Significado do Protesto Negro, relançado agora pela Editora Expressão Popular (iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e de outros movimentos sociais), em coedição com a Fundação Perseu Abramo". "Ela é lapidar para mostrar como o pensamento do pai da sociologia crítica permanece atualíssimo: 'O negro vem a ser a pedra de toque da revolução democrática na sociedade brasileira'", acrescenta.

continua após o anúncio

A obra foi publicada pela Editora Cortez/Autores Associados, em 1989, e contém ensaios sobre o negro na sociedade brasileira produzidos por Florestan Fernandes. Nesta reedição, que será a primeira a ser entregue no Clube do Livro da Editora Expressão Popular, textos da primeira versão foram reproduzidos e mais três outros, publicados separadamente, como a íntegra da emenda constitucional em que o escritor defendia uma proposta de reparação ao povo negro.

"Em lugar de uma visão paternalista, o sociólogo buscava engajar os movimentos negros numa luta mais radical para combater as desigualdades sociais. Entendia que 'a revolução dentro da ordem é insuficiente para eliminar as equidades econômicas, educacionais, culturais e políticas'", diz Nunomura.

continua após o anúncio
De acordo com o jornalista, "Florestan via um potencial revolucionário se e quando os brasileiros percebessem a força da combinação das lutas de raça e de classes". "Ou, em outras palavras, enquanto não surgir uma consciência coletiva de que é preciso superar o "dilema racial brasileiro", o País estará fadado a perder cada uma das batalhas (raciais, classistas, feministas, secundaristas etc.) contra a ordem burguesa do capitalismo", afirma.

"É por essa razão que continuamos a ver negros sofrendo dos problemas seculares herdados de uma abolição dos escravos que abandonou à própria sorte uma massa de trabalhadores, assim como pobres brancos que, embora passem longe dos problemas de preconceito, discriminação ou racismo, não têm poder para enfrentar as relações desiguais entre patrões e empregados. 'Proletários de todas as raças do mundo, uni-vos', conclamava o sociólogo, para que negros e brancos pudessem forjar a sua sociedade, e não a dos capitalistas", complementa.

Leia a íntegra do texto

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247