Documentário sobre o golpe de 2016 dá pistas para entender 2018

Estreia nesta quinta-feira (22) "Excelentíssimos", o terceiro documentário sobre o golpe de Estado que derrubou a presidente Dilma Rousseff, em 2016; com a promessa de que o filme só seria exibido depois da votação, o documentário aborda deputados em um tom de sinceridade incomum, além de registrar as manifestações que reivindicavam o impeachment da presidente, expondo o discurso de ódio que já ensaiava seus primeiros passos nas manifestações pelo Fora PT

Documentário sobre o golpe de 2016 dá pistas para entender 2018
Documentário sobre o golpe de 2016 dá pistas para entender 2018 (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


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247 - Estreia na quinta-feira "Excelentíssimos", o terceiro documentário sobre o impeachment de Dilma Rousseff. A derrubada da ex-presidente já parece pré-história, mas o filme mantém interesse pelo que viria a seguir. As cenas captadas em 2016 ajudam a entender o processo que desembocou na vitória de um candidato da direita radical em 2018, segundo afirma Bernardo Mello Franco, em sua coluna, no O Globo. 

O diretor Douglas Duarte chegou a Brasília com o objetivo de mostrar os bastidores do Congresso. A crise o convenceu a abandonar o roteiro original. O foco passou a ser a articulação para varrer o PT e a esquerda do poder.

Com a promessa de que o filme só seria exibido depois da votação, os deputados adotam uma sinceridade incomum em conversas gravadas. "Eu vou ser franco com você", diz o emedebista Carlos Marun. "Fosse o que dissessem lá, eu votaria a favor do impeachment. Se dissessem lá que ela roubou um picolé, eu votaria", admite.

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No discurso oficial, a razão do processo de impeachment eram as pedaladas fiscais. Mais tarde, Marun seria recompensado com o cargo de ministro do governo Michel Temer.

Em outra sequência, o documentário acompanha uma reunião fechada em que líderes partidários contam votos para derrubar a presidente. Mendonça Filho, do DEM, interrompe a conversa para saber se os microfones estão abertos. Diante da resposta afirmativa, a equipe é convidada a deixar a sala. Entre os novos deputados presentes, dois virariam ministros de Temer. Um terceiro, Onyx Lorenzoni, chefiará a Casa Civil de Jair Bolsonaro.

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Durante a votação decisiva, manifestantes de verde e amarelo urram palavrões contra o PT e seus aliados. "Sua bicha!", reage um homem ao ouvir o voto de Jean Wyllys, do PSOL. "Fora, Dilma, sua p...", grita uma mulher ao festejar o resultado final. No lado derrotado, o descontrole aflora quando uma militante chama o deputado José Carlos Aleluia, do DEM, de "fascista" e "bandido assassino".

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