Zé Simão fala sério e diz que Moro é criminoso

"'Foi descuido, diz Moro sobre mensagens'. Descuido é bater o dedinho no pé do sofá! Isso é crime!", postou o colunista José Simão, em seu twitter; nos últimos dias, o ministro da Justiça do Brasil, que montou uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula, já foi chamado de criminoso pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal, pela revista Veja e por vários analistas da cena política

Zé Simão fala sério e diz que Moro é criminoso
Zé Simão fala sério e diz que Moro é criminoso (Foto: Divulgação)


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247 – O ministro da Justiça do Brasil, o ex-juiz Sergio Moro, é um criminoso, na avaliação do colunista José Simão, da Folha de S. Paulo. Nos últimos dias, Moro também já foi classificado como criminoso pela revista Veja e pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Confira, abaixo, o tweet de Zé Simão e também reportagem da Reuters sobre o caso:

BRASILIA (Reuters) - Supostas mensagens pessoais vazadas publicadas na sexta-feira à noite pelo site Intercept Brasil mostram que o então juiz Sergio Moro teria orientado promotores a influenciar a opinião pública no processo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão.

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    O Intercept Brasil postou o que teriam sido as conversas entre Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, e promotores, sugerindo que eles fizessem uma declaração pública explicando contradições no depoimento de Lula para minar sua reivindicação de ser vítima de perseguição política.

    O diálogo teria ocorrido após o depoimento de 10 de maio de 2017 de Lula contra acusações de que ele recebeu um apartamento no Guarujá (SP) como propina. Lula deixou o tribunal dizendo a apoiadores que estava sendo “massacrado” e que se preparava para concorrer à Presidência novamente.

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    Moro questionou neste sábado a autenticidade das mensagens e disse que não comentaria textos obtidos por hackers.

    “Reitera-se a necessidade de que o suposto material, obtido de maneira criminosa, seja apresentado a autoridade independente para que sua integridade seja certificada”, disse ele em comunicado.

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    Os textos copiados do aplicativo Telegram parecem mostrar Moro sugerindo aos promotores que montassem uma campanha pública contra Lula, e o Intercept Brasil afirma que o diálogo levanta dúvidas sobre a imparcialidade de Moro no julgamento que levou a uma sentença de 12 anos de prisão para Lula.

    “Talvez vcs (sic) devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele”, escreveu Moro ao promotor Carlos dos Santos Lima sobre a investigação, segundo a transcrição mostrada pelo Intercept Brasil.

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    Advogados de Lula há muito argumentam que Moro é um juiz com motivação política, que queria prender seu cliente para impedi-lo de concorrer à presidência em 2018, quando pesquisas o mostravam liderando a disputa, mesmo após ele ter sido preso.

    Em entrevista publicada na sexta-feira, Moro disse ao jornal Estado de S.Paulo que não teme que a condenação à corrupção contra Lula seja anulada, o que especialistas jurídicos, incluindo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), disseram que poderia acontecer.

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    O Intercept Brasil publicou reportagens baseadas no que disse ser um “enorme tesouro” de supostas mensagens recebidas de fonte anônima contendo trocas entre promotores, Moro e outros envolvidos na investigação e julgamento da operação Lava Jato.

    Considerada a maior investigação de corrupção do mundo, ela revelou bilhões de dólares em propinas pagas em esquemas envolvendo principalmente contratos com estatais. Ela derrubou políticos e empresários no Brasil e na América Latina.

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    Moro disse ao jornal entender que não havia nada ilegal em suas conversas com os promotores e insistiu que o caso de Lula “foi um caso decidido com absoluta imparcialidade com base nas provas, sem qualquer espécie de direcionamento”.

    Moro foi nomeado ministro pelo presidente Jair Bolsonaro, que ganhou a Presidência depois que Lula ter sido impedido de concorrer por causa de sua condenação.

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