Dilma: venda do pré-sal é "maior notícia" no Brasil

Na África, presidente afirma que sua decisão de colocar à venda o campo de Libra, que concentra as maiores reservas de óleo do País, na próxima rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo, é a "maior notícia em termos de Brasil nos últimos anos"; neste sábado, ela também anunciou o perdão de US$ 1 bilhão às dívidas dos países africanos

Dilma: venda do pré-sal é "maior notícia" no Brasil
Dilma: venda do pré-sal é "maior notícia" no Brasil (Foto: Roberto Stuckert Filho)


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247 - Depois de realizar seu maior gesto em relação ao mercado, abrindo para leilão o campo de Libra, que contém as maiores reservas do pré-sal brasileiro, a presidente Dilma defendeu, na África, sua decisão:

— O Brasil tem a possibilidade de explorar um nível de produção de petróleo que nunca teve antes concentrada num só campo. Isso implica renda, implica capacidade de demanda à indústria naval. Significa que nós temos hoje o horizonte de nos transformarmos num país com uma posição no mundo do petróleo extremamente diferenciada e estratégica. Essa é a maior notícia em termos de Brasil, nos últimos anos — disse ela, aos jornalistas, na capital da Etiópia, onde participa das comemorações do Jubileu de Ouro da União Africana.

A presidente também falou sobre a situação da economia nacional, em relação ao quadro internacional:

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— Quando eu vejo a situação internacional, principalmente da Europa, acho que a nossa economia, para todas as circunstâncias da crise internacional, ela vai bem. Nós sempre iremos querer que ela vá melhor — reconheceu.

Durante o evento, ela anunciou ainda o perdão de dívidas de US$ 1 bilhão que países africanos têm em relação ao Brasil.

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Leia, ainda, o noticiário da Agência Brasil sobre o discurso de Dilma:

 

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Dilma destaca autonomia da África e América Latina em discurso na Etiópia

Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

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Brasília - Em discurso na comemoração do aniversário de 50 anos da União Africana, a presidenta Dilma Rousseff destacou a importância da autonomia tanto do continente africano quanto da América Latina, assim como a importância da cooperação entre ambos. "Os avanços da União Africana, como os da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] encerram um ensinamento fundamental: quem deve resolver os problemas das nossas regiões somos nós mesmos, respeitando sempre as diferenças que porventura existem entre nós", disse.

Dilma Rousseff representa a América Latina no encontro da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia. No discurso, disse que o Brasil possui muitas semelhanças com o continente africano, "O Brasil vê o continente africano como um irmão e vizinho próximo". "Nossos interesses comuns são amplos: buscamos o desenvolvimento, o que exige a promoção da inclusão da nossa população aos ganhos e riquezas de nosso país".

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A presidenta reforçou também o interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o continente africano, em uma cooperação Sul-Sul. A intenção é garantir "avanços e lucros mútuos para ambas as partes".

Ela finalizou o discurso com uma metáfora: "Chegou a hora de o leão africano escrever sua história, assim como a onça brasileira escrever a sua".

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Dilma fica em Adis Abeba até o começo da noite. Na manhã deste sábado, participou de encontros bilaterais com os presidentes da Guiné, Gabão, Quênia e Congo, após a comemoração do jubileu, que durou cerca de 3h. A presidenta também visitou Lucy, um fóssil de mais de 3 milhões de anos, descoberto em 1974, no deserto da Etiópia.

Dilma viajou acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiza Bairros (Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial) e Aloizio Mercadante (Educação), além do porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, empresários e assessores.

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Criada em maio de 1963, a União Africana (que reúne 54 países) assumiu a função de buscar soluções internas para os conflitos envolvendo as distintas nações, assim como o processo de progressiva democratização e fortalecimento institucional. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.

 


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