Ibovespa cai quase 3% com espera por pesquisas

Índice abriu o pregão em queda de mais de 2% com investidores à espera de pesquisas Ibope e Datafolha e com mercado já precificando uma ascensão da presidente Dilma Rousseff; às 14h29, perdas eram de 2,79%, aos 50.950 pontos; Ibovespa devolve todos os ganhos do ano

BOVESPA
BOVESPA (Foto: Gisele Federicce)


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SÃO PAULO - O Ibovespa tem queda nesta quinta-feira (23), com espera por pesquisas Datafolha e Ibope que devem ser divulgadas hoje depois do fechamento do mercado. O índice zerou os ganhos no ano e, na mínima, chegou a bater o seu menor nível desde abril. Às 10h45, a Bolsa caía 2,46%, a 51.122 pontos, enquanto o dólar ultrapassava o teto de R$ 2,50, com alta de 0,92%.

O mercado está precificando um cenário mais favorável para Dilma, segundo analistas da XP Investimentos, mas pode haver uma amenização com a abertura das bolsas americanas. Os futuros nos EUA subiam 0,8% no caso do Dow Jones e 0,73% no caso do S&P 500.

No pregão de ontem, a Bolsa foi influenciada por pesquisas Datafolha que mostravam avanço da presidente Dilma Rousseff (PT) contra o candidato Aécio Neves (PSDB). A presidente oscilou um ponto percentual para cima, chegando a 47% das intenções de voto contra 43% do tucano. O aumento da taxa de rejeição de Aécio e da avaliação positiva do governo pela população, inclusive na área econômica, maior fonte de ataques da oposição nessas eleições, trouxe sinais de que a petista estivesse mais perto de uma vitória nas urnas.

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Essa percepção arrastou o Ibovespa e seu contrato futuro para duas fortes baixas, que são somadas a expectativas não concretizadas do anúncio de programa de estímulos pelo BCE para tirar a economia europeia da estagnação. Temporada de resultados de empresas também impacta Bovespa hoje.

Destaques

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Novamente, as ações que mostram maior volatilidade são aquelas do chamado "kit eleições", composto por estatais e bancos. Petrobras ON e PN (PETR3; PETR4) caíam em torno de 4,5%. Na mínima, ações da estatal caíram abaixo do menor nível desde abril, com queda de mais de 5%. No radar da empresa, além das pesquisas eleitorais, está ainda o rebaixamento sua nota de risco pela Moody's na última terça-feira (21). Ao mesmo tempo em que fica a incerteza com relação ao represamento de preços que a estatal vinha sofrendo nos últimos meses, mas que mudou quando o preço do petróleo no mercado internacional caiu. Hoje, a gasolina vendida pela companhia está mais em linha com os preços praticados lá fora.

Resultado da Natura (NATU3) em linha com o mercado não geraram animaram os investidores. Apesar do cresicmento do lucro em 16,8% ano a ano, a retração na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (-3%) e o crescimento baixo da receita no Brasil, 2,7%, decepcionaram.

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Além da Natura, Hering (HGTX3) também é influenciada pela pelos resultados divulgados ontem. As receitas da empresa ficaram abaixo das estimativas dos analistas, crescendo 0,7% em relação ao ano anterior.

O principal destaque negativo fica com as ações do Banco do Brasil (BBAS3), que registram desvalorização de 5,54% e são cotadas a R$ 25,93. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega a 10,35%.

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Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis do Santander (SANB11), que são cotados a R$ 15,46 e apresentam alta de 1,51%.

Petrobras cai 5% em meio a rumor do Ibope; Vale sobe com produção recorde

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Por Paula Barra • Marina Neves

SÃO PAULO - Em meio à expectativa por pesquisas eleitorais - Ibope e Datafolha divulgam levantamentos no final desta tarde -, o mercado segue em tom de cautela nesta quinta-feira (23). Nesta sessão, o Ibovespa registrava às 15h10 (horário de Brasília) queda de 2,84%, a 50.922 pontos, chegando a queda de 3,35% em sua mínima intradiária. Entre as maiores baixas do índice, figuravam as ações de estatais e bancos. O principal índice de ações da Bolsa acentuou as perdas após o Blog Radar on- line, do Lauro Jardim para a revista Veja, divulgar que a pesquisa eleitoral Ibope, que sairá hoje à noite, terá Dilma Rousseff (PT) na frente de Aécio Neves (PSDB) fora da margem de erro pela primeira vez neste segundo turno.

Por outro lado, as ações de exportadoras e Vale (VALE3; VALE5) apareciam como uma das maiores altas. Enquanto no caso da mineradora aparecia no radar que a empresa atingiu recorde de produção de minério de ferro no terceiro trimestre, para as exportadoras favorecia a alta do dólar, que avançava 1,30%, cotado a R$ 2,51.

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Destaque também para Cia Hering (HGTX3) e Natura (NATU3), que divulgaram seus resultados do terceiro trimestre hoje. Nesta noite, Lojas Renner (LREN3, R$ 67,35, 1,68%), Grendene (GRND3, R$ 13,59, -0,06%) e Localiza (RENT3, R$ 33,82, -3,92%) revelam seus números do trimestre.

Confira os principais destaques da Bolsa hoje:

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Petrobras (PETR3, R$ 15,39, -4,11%; PETR4, R$ 15,79, -4,94%) Depois de chegarem a afundar 5%, as ações da Petrobras amenizam o movimento negativo, mas ainda operam em queda nesta sessão. Segundo analistas da XP Investimentos, o mercado já está precificando um cenário mais favorável para vitória de Dilma Rousseff (PT).

Assim como as ações da Petrobras, o setor financeiro desabou após a abertura do pregão, mas também minimiza as perdas. Entre as instituições financeiras, destaque para as ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 32,35, -4,23%), Bradesco (BBDC3, R$ 32,86, -3,15%; BBDC4, R$ 33,05, -5,30%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 25,30, -7,83%) - que figura, nesta momento, como a maior queda do índice, além dos papéis da BM&FBovespa (BVMF3, R$ 10,25, -3,12%).

Fibria (FIBR3, R$ 26,89, +3,15%) e Suzano (SUZB5, R$ 9,47, +1,39%) Em dia extremamente negativo na Bolsa, as ações da Fibria sobem pelo quinto pregão consecutivo, um dia após a companhia divulgar seu resultado do terceiro trimestre. No período, os papéis acumulam valorização de 8,5%. Aparece entre as poucas altas do dia ainda as ações da Suzano, que sobem pelo sexto pregão seguido.

Contribui para o desempenho positivo das companhias o movimento do dólar, que volta a se aproximar dos maiores níveis em quase seis anos frente ao real, superando a marca de R$ 2,50. A alta da moeda americana beneficia a Fibria e Suzano pelo seu perfil exportador, ou seja, suas receitas são atreladas ao dólar.

Siderúrgicas Também se desvencilhando do dia ruim na Bolsa, destaque para as ações das siderúrgicas, que também figuram entre as maiores altas do Ibovespa. Neste momento, subiam os papéis da Usiminas (USIM5, R$ 6,07, +2,88%), CSN (CSNA3, R$ 8,67, +4,58%), Gerdau (GGBR4, R$ 11,20, +2,47%) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 13,63, +1,49%).

Vale (VALE3, R$ 27,09, +1,23%; VALE5, R$ 23,34, +0,69%) Após iniciarem o pregão no negativo, as ações da Vale viraram para alta em meio a dados de produção do terceiro trimestre. A brasileira Vale registrou a melhor performance de produção da sua história no terceiro trimestre deste ano, com a extração de 85,7 milhões de toneladas de minério de ferro, informou a mineradora nesta quinta-feira, em relatório de produção.

O volume, que excluindo a produção atribuível à Samarco, foi 3,1 por cento superior ao registrado entre os meses de julho e setembro de 2013 e 7,9 por cento acima da produção do segundo trimestre deste ano, que havia sido o melhor resultado para os meses entre abril e junho de sua história.

Natura (NATU3, R$ 34,60, -3,08%) A Natura registra queda nesta sessão negativa do Ibovespa em meio à divulgação dos resultados, que ficaram em linha com o esperado pelo mercado. A companhia alcançou lucro líquido de R$ 215 milhões, crescimento de 16,8% na comparação anual, enquanto a receita líquida atingiu R$ 1,867 bilhão, aumento de 5%. Segundo a companhia, alguma iniciativas relacionadas a lançamentos e segmentação do canal ajudaram no crescimento da receita, mas o patamar ainda está abaixo das expectativas. O ambiente se mantém competitivo e isso tende a continuar impactando os números da Natura.

Cia Hering (HGTX3, R$ 21,88, -0,55%) Depois de caírem 2,7%, as ações da Cia Hering aliviam as quedas. A companhia divulgou ontem à noite resultado do terceiro trimestre, que veio abaixo do consenso do mercado no terceiro trimestre. A varejista viu o lucro líquido subir 21,7% no terceiro trimestre ante igual período de 2013, a R$ 70,89 milhões, impulsionado por benefícios fiscais em um período marcado por fraco desempenho de vendas.

Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia somou R$ 363,6 milhões, alta de 0,7% sobre um ano antes e abaixo das estimativas de analistas, de R$ 376,3 milhões em pesquisa da Reuters.

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