Kennedy: Dilma impôs 1º freio à equipe econômica

"É esse tipo de decisão de Dilma que mostra que o ajuste aplicado por ela deverá mesmo ser diferente da correção econômica que aconteceria em caso de vitória da oposição", afirma o jornalista Kennedy Alencar, ao comentar a decisão da presidente Dilma Rousseff tomada neste sábado; mesmo de férias na Bahia, ela obrigou o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, a recuar de sua declaração sobre mudança na política de reajuste do salário mínimo

"É esse tipo de decisão de Dilma que mostra que o ajuste aplicado por ela deverá mesmo ser diferente da correção econômica que aconteceria em caso de vitória da oposição", afirma o jornalista Kennedy Alencar, ao comentar a decisão da presidente Dilma Rousseff tomada neste sábado; mesmo de férias na Bahia, ela obrigou o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, a recuar de sua declaração sobre mudança na política de reajuste do salário mínimo
"É esse tipo de decisão de Dilma que mostra que o ajuste aplicado por ela deverá mesmo ser diferente da correção econômica que aconteceria em caso de vitória da oposição", afirma o jornalista Kennedy Alencar, ao comentar a decisão da presidente Dilma Rousseff tomada neste sábado; mesmo de férias na Bahia, ela obrigou o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, a recuar de sua declaração sobre mudança na política de reajuste do salário mínimo (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - O jornalista Kennedy Alencar avalia que a presidente Dilma Rousseff impôs o primeiro freio à equipe econômica, na decisão tomada hoje sobre o salário mínimo. Leia, abaixo, sua análise:

Ao manter reajuste do mínimo, Dilma impõe 1º freio à equipe econômica

Com decisão, presidente reafirma ajuste econômico gradual 

KENNEDY ALENCAR 

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A presidente Dilma Rousseff sustou a intenção da equipe econômica de propor uma nova regra de reajuste do salário mínimo porque a mudança certamente diminuiria, no médio e longo prazo, o ritmo de valorização real. É o primeiro freio presidencial à equipe econômica do segundo mandato.

Dilma determinou a manutenção de regra atual, que deverá ser encaminhada ao Congresso em projeto de lei para o período de 2016 a 2019. A fórmula em curso prevê que o mínimo seja reajustado pela inflação do ano anterior mais o crescimento da economia de dois anos antes.

Como o crescimento da economia foi baixo em 2014 e deverá ser menor do que 1% neste ano, os reajustes de 2016 e 2017 serão praticamente a inflação. No entanto, havia interesse da equipe econômica em colocar uma espécie de freio ao repasse da taxa de crescimento da economia na hipótese de ela voltar a crescer em termos substantivos, acima de 3% ou 4% ao ano.

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Ou seja, no curto prazo, uma mudança poderia até assegurar em 2016 e 2017 um reajuste um pouco melhor do que a da fórmula atual. No entanto, no médio e longo, se o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil voltar a crescer de modo mais forte, o ritmo da valorização real diminuiria.

Como haverá aumento de tributos e cortes de gastos para a realização do ajuste que a presidente prometeu na posse com “o menor sacrifício possível”, ela decidiu não alterar uma política de reajuste do mínimo que tem buscado maior justiça social. Essa política, que teve início no governo Lula, foi fundamental para a difícil reeleição de Dilma.

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É esse tipo de decisão de Dilma que mostra que o ajuste aplicado por ela deverá mesmo ser diferente da correção econômica que aconteceria em caso de vitória da oposição.

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