Prisão de Esteves vira preventiva. Sem prazo
A decisão acaba de ser tomada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal; com isso, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, não tem data para deixar a carceragem de Bangu 8, no Rio de Janeiro; decisão tende a agravar a situação do BTG Pactual, que colocou ativos à venda, como a rede de hospitais D'Or, para fazer caixa diante da crise de confiança; também foi mantida a prisão de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS)
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247 – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, converteu a prisão temporária do banqueiro André Esteves em preventiva. Com isso, o dono do BTG Pactual não tem mais data para deixar a carceragem de Bangu 8, no Rio de Janeiro. Também foi mantida a prisão de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS).
A decisão tende a agravar a situação do BTG Pactual, que colocou ativos à venda, como a rede de hospitais D'Or, para fazer caixa.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre a venda de ativos:
BTG Pactual oferece fatia na Rede D'Or a parceiros, dizem fontes
Os executivos do banco com sede em São Paulo vinham negociando a fatia na Rede D'Or desde agosto, embora a prisão de Esteves tenha "acelerado as negociações", disseram as fontes, que pediram anonimato porque o processo continua privado.
(Reportagem de Guillermo Parra-Bernal e Tatiana Bautzer)
Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre a decisão de Teori:
STF mantém prisão de André Esteves e de chefe de Gabinete de Delcídio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki converteu as prisões temporárias do diretor executivo do Banco BTG Pactual, André Esteves, e do chefe de Gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, em preventivas. Divulgada no início da noite de hoje (29), a decisão atende a pedido encaminhado ontem (28) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
À 0h, terminaria o prazo das prisões temporárias. Com a decisão do ministro, ambos permanecerão presos por tempo indeterminado. Segundo a Assessoria de Comunicação de Zavascki, a decisão foi baseada na análise do material levantado e dos depoimentos prestados ao longo dos cinco dias de prisão de Esteves e de Ferreira.
Para o ministro, o material coletado preenche os requisitos para a conversão das prisões e mostra que a medida é necessária para garantir a efetivação da justiça. Responsável pela defesa de André Esteves, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, chegou a entrar com pedido no STF para que a prisão não fosse prorrogada.
André Esteves e Diogo Ferreira foram presos na última quarta-feira (25) durante a Operação Lava Jato. Esteves está no presídio de Bangu 1, no Rio de Janeiro. Ferreira está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Além deles, foram presos o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e o advogado Edson Ribeiro, ex-advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos da delação premiada de Cerveró e do filho dele Bernardo Cerveró para pedir as prisões. As prisões foram autorizadas no último dia 24 por Zavascki e executadas no dia seguinte pela Polícia Federal.
Segundo o documento enviado pela PGR ao Supremo Tribunal Federal, no qual faz o pedido de prisão dos investigados, a procuradoria diz que Delcídio tentou dissuadir Nestor Cerveró de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF). Caso o acordo fosse firmado, o ex-diretor da Petrobras não deveria mencionar o senador e André Esteves. AAgência Brasil não conseguiu contato com a assessoria da PGR.
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