Vale reduz investimentos até 2020 após desastre
Maior produtora de minério de ferro do mundo vai reduzir para US$ 6,2 bilhões os investimentos em 2016, montante bem menor que os US$ 8,2 bilhões que estima investir este ano; presidida por Murilo Ferreira, empresa prevê mais aperto nos próximos; anúncio será feito nesta terça-feira, 1º, a investidores em Nova York; Vale é dona de 50% da Samarco e está diretamente implicada com as consequências do maior desastre ambiental do Brasil
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Vale vai reduzir os investimentos em 2016, com recursos previstos de 6,2 bilhões de dólares, uma queda ante 2015 e também em relação à previsão anterior, ao mesmo tempo que tornou menos ambiciosas suas projeções para aumento de produção de minério de ferro.
A Vale, que tem sido a maior produtora global de minério de ferro, prevê investir 3,2 bilhões em projetos de capital e 3 bilhões em manutenção e reposição em 2016, informou a empresa nesta terça-feira.
A empresa estima investir 8,2 bilhões de dólares neste ano, segundo apresentação ao mercado publicada pela companhia.
O montante que será aportado no próximo ano também é inferior ao previsto pela companhia em dezembro de 2014 para o período, de 7,6 bilhões de dólares.
A mineradora prevê ainda investir 5,3 bilhões de dólares em 2017, 4,6 bilhões de dólares em 2018, 4,4 bilhões de dólares em 2019 e 4,2 bilhões de dólares em 2020.
"Estamos preparados para enfrentar os desafios de 2016 causados pela incerteza na demanda e volatilidade nos preços de commodities", afirmou a empresa na apresentação, que será feita a investidores nesta terça-feira em Nova York.
A Vale planeja produzir entre 340 milhões e 350 milhões de toneladas de minério de ferro em 2016, pouco avanço ante a previsão de produzir 340 milhões até o fim deste ano.
A extração da commodity no próximo ano é também menor do que a planejada em dezembro de 2014, quando a empresa estimava produzir 376 milhões de toneladas em 2016.
Executivos da empresa já haviam indicado anteriormente que a produção no ano que vem ficaria abaixo de previsões iniciais.
(Por Marta Nogueira)
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