Conselhão vê 'humildade' e dá voto de confiança
Percepção da maioria dos 92 integrantes do grupo foi a de que a presidente Dilma Rousseff foi “humilde” ao pedir “encarecidamente” apoio para a CPMF e demonstrou disposição em ouvir sugestões contra a crise; "Com a recessão, somos todos perdedores", sublinhou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco; os participantes prometem pressionar o Congresso para recriar a CPMF se o governo fixar teto de gastos; eles cobraram mais ousadia do governo para colocar as medidas em prática e também rejeitaram uso político da mobilização: “O impeachment está exaurido, mas não acredito que esta situação aqui seja para subsidiar a presidente porque, senão, muitos de nós não estaríamos aqui, inclusive eu”, disse o presidente da central sindical UGT, Ricardo Patah
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247 – O saldo da primeira reunião do novo Conselhão, no Palácio do Planalto, foi positivo para o governo Lula. Um levantamento do ‘Estado de S. Paulo’ aponta que a percepção da maioria dos 92 integrantes do grupo foi a de que a presidente Dilma Rousseff foi “humilde” ao pedir “encarecidamente” apoio para a CPMF e demonstrou disposição em ouvir sugestões, para ajudar o País a sair da crise.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que o retorno da CPMF é uma das possibilidades, mas considera que ela deve ser “transitória” porque a carga tributária no País é muito elevada. Segundo ele, com a recessão, “somos todos perdedores”.
Os empresários prometem pressionar Congresso para recriar a CPMF se governo fixar teto de gastos. “Tempo é um bem escasso que está comendo o calcanhar da presidente da República”, disse um importante empresário ao sair da reunião, segundo a colunista Natuza Nery.
Para o grupo, no entanto, falta ousadia do governo para encarar os problemas. “A iniciativa foi boa, a gente tem de acreditar, o governo está sabendo quais são os problemas e isso é superpositivo. Agora, falta agir e isso é uma questão de querer”, disse o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Benjamim Steinbruch.
Alguns deles sublinharam que rejeitam o uso político da mobilização. “O impeachment está exaurido, mas não acredito que esta situação aqui seja para subsidiar a presidente porque, senão, muitos de nós não estaríamos aqui, inclusive eu”, disse o presidente da central sindical UGT, Ricardo Patah (leia aqui).
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