Banco Central corta juros para 13% para tentar reanimar economia

Em meio à maior recessão da história do Brasil, o Banco Central, comandado por Ilan Goldfajn, reduziu a taxa de juros em 0.75 para 13% ao ano; alvo de críticas de empresários por demorar a agir contra a depressão econômica, o BC agiu, desta vez, de acordo com as expectativas do mercado; analistas, porém, previam uma redução de 0.5; com a decisão de hoje, a Selic está no menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75% ao ano

Em meio à maior recessão da história do Brasil, o Banco Central, comandado por Ilan Goldfajn, reduziu a taxa de juros em 0.75 para 13% ao ano; alvo de críticas de empresários por demorar a agir contra a depressão econômica, o BC agiu, desta vez, de acordo com as expectativas do mercado; analistas, porém, previam uma redução de 0.5; com a decisão de hoje, a Selic está no menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75% ao ano
Em meio à maior recessão da história do Brasil, o Banco Central, comandado por Ilan Goldfajn, reduziu a taxa de juros em 0.75 para 13% ao ano; alvo de críticas de empresários por demorar a agir contra a depressão econômica, o BC agiu, desta vez, de acordo com as expectativas do mercado; analistas, porém, previam uma redução de 0.5; com a decisão de hoje, a Selic está no menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75% ao ano (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

Pela terceira vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (11) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que previam o corte de 0,5 ponto percentual.

Com a decisão de hoje, a Selic está no menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75% ao ano. Mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, de outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

continua após o anúncio

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA fechou 2016 em 6,29%, o menor nível desde 2013 (5,91%).

Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para 2017, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano.

continua após o anúncio

Inflação

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2017 em 4,4%. O mercado está um pouco menos pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 4,81%.

continua após o anúncio

Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas, e o de alimentos, como feijão e leite, contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. De lá para cá, no entanto, a inflação começou a desacelerar por causa da recessão econômica e da queda do dólar. Em dezembro, o IPCA ficou em 0,30%, a menor taxa para o mês desde 2004.

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo num cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a estimativa de expansão da economia para 0,8% este ano.

continua após o anúncio

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

 

continua após o anúncio

Confira nota divulgada pela Fiesp sobre a decisão do Copom:

Além de reduzir a Selic, é preciso aumentar o crédito, diz Skaf

continua após o anúncio

Nesta quarta-feira, o Banco Central definiu o novo valor da SELIC em 13,0% ao ano, queda de 0,75 ponto percentual.

"O corte de 0,75 ponto percentual é um primeiro passo para a retomada do crescimento econômico e geração de empregos que o Brasil precisa. Além de reduzir a Selic, é preciso aumentar o crédito da economia para que as empresas invistam e as famílias consumam", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.

continua após o anúncio

11 de janeiro de 2017

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247