Meirelles admite estagnação em 2017

O Ministério da Fazenda indica que vai reduzir a expectativa de crescimento econômico para 2017, mesmo com o cenário de aceleração da queda de juros. O cenário aponta um desempenho mais fraco do que o previsto há apenas um mês e meio; em Davos (Suíça), o chefe da pasta, Henrique Meirelles, enfatizou a recuperação trimestral, que tende a mostrar aceleração ao longo do ano, mas a realidade é que os números mencionados por ele mesmo já mostram uma fotografia não tão positiva para o ano, já considerando a herança negativa de 2016 na avaliação

Brasília - Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reúne com o presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, para esclarecer questões sobre o ajuste fiscal, em debate no Congresso Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reúne com o presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, para esclarecer questões sobre o ajuste fiscal, em debate no Congresso Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O Ministério da Fazenda indica que vai reduzir a expectativa de crescimento econômico para 2017, mesmo com o cenário de aceleração da queda de juros. O cenário aponta um desempenho mais fraco do que o previsto há apenas um mês e meio. Em Davos (Suíça), o chefe da pasta, Henrique Meirelles, enfatizou a recuperação trimestral, que tende a mostrar aceleração ao longo do ano, mas a realidade é que os números mencionados por ele mesmo já mostram uma fotografia não tão positiva para o ano, já considerando a herança negativa de 2016 na avaliação.

As informações são de reportagem de Fabio Graner no Valor.

"A projeção de crescimento de 2% (em números anualizados) no último trimestre de 2017, apresentada aos jornalistas em Davos, representa uma significativa baixa no ritmo de recuperação previsto pela Fazenda. Em 30 de novembro, a pasta projetava oficialmente alta de 2,8% (anualizado) no último trimestre de 2017, em comparação com igual período de 2016. Duas semanas depois, o excesso de otimismo da estimativa apresentada se manifestava. Quando anunciou a primeira rodada de medidas para tentar melhorar o cenário de crescimento, Meirelles já falava em uma alta menor, de 2,5%, embora destacasse que essa era uma expectativa "conservadora".

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O resultado do PIB do recém encerrado quarto trimestre de 2016 provavelmente vai gerar um carregamento estatístico negativo que deve jogar contra o número final de 2017. As contas sobre o tamanho do prejuízo legado por 2016 para este ano dependem de quanto se projeta para o desempenho da atividade entre outubro e dezembro. Por isso, o número do PIB fechado de 2017 de fato, como tem indicado o ministro da Fazenda, não será o melhor indicador para medir a saúde da economia brasileira.

Mesmo assim, é forçoso levar em conta que um PIB menor que o estimado, ainda que por uma combinação de carregamento estatístico e velocidade de retomada mais lenta, complica o desempenho das contas públicas. Isso porque o Orçamento aprovado pelo Congresso já estava com um PIB projetado de 1,6% de crescimento, índice bem superior ao esperado pelo próprio governo, o que deve impactar negativamente a arrecadação projetada e forçar um corte de despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal de déficit primário do governo central, de R$ 139 bilhões."

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