Rombo de Temer e Meirelles em 2017 é de R$ 200 bilhões

"Dilma Roussef “degringolou as contas públicas” com um déficit de R$100 bi, contando todos os acertos das tais “pedaladas fiscais”. Michel Temer as está saneando com um déficit de R$ 200 bi. Como assim? Mas não era a roubalheira da Odebrecht o que nos levava aos desastre nos gastos públicos, não eram as propinas a fonte de todo o mal e agora, com a Lava Jato, elas pararam de existir?", ironiza Fernando Brito, editor do Tijolaço

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente interino Michel Temer durante reunião com líderes da Câmara e do Senado, no Palácio do Planalto. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente interino Michel Temer durante reunião com líderes da Câmara e do Senado, no Palácio do Planalto. (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

O distinto amigo e a querida amiga talvez tenham de puxar pela memória.

Afinal, não faz tanto tempo, havia uma Santíssima Trindade que não se podia questionar.

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Era o famoso “tripé macroeconômico” (será que vai ser preciso ir no Google, para lembrar, que dizia que a felicidade econômica da nação dependia do equilíbrio entre “câmbio flutuante”, “meta de inflação” e “superávit primário”.

Até a fada da floresta se rendeu a ele.

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Quanto mais o terceiro subisse, mais baixariam os outros dois, como naquelas equações inversamente proporcionais que nos ensinavam no segundo grau.

Todo dia falavam nele, até pouco mais de um ano atrás.

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Agora, dos dos pés do tripé encolheram um pouco:  a inflação baixou e o câmbio está uma maravilha.

Mas o terceiro pé sumiu, como conta Thais Herédia, no G1:

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 “o rombo total  [das contas públicas] esperado para este ano chega a R$ 200 bilhões. A meta de déficit assumida pelo governo é de R$ 139,5 bilhões. Quer dizer que, em dezembro, este será o montante de recursos que devem faltar para cobrir todas as obrigações federais. Depois do dado revelado nesta quarta-feira, ficamos sabendo que há mais R$ 58,2 bi faltando nesta equação entre receitas e despesas. 
A explicação mais óbvia e que justifica boa parte da má notícia é a revisão da estimativa para o crescimento do PIB. Quando chegaram àquele valor de R$ 139,5 bi, em meados de 2016, o governo esperava que a economia subiria 1,6%. Agora, depois de todas as decepções com a atividade no segundo semestre do ano passado, a estimativa precisou ser corrigida para uma alta de 0,5% do PIB. “

Portanto, o terceiro pé do tripé está sendo cortado em quase R$ 60 bi. Como, no Orçamento e na PEC da Recessão já foi apertado que nem sandália de gueixa, vamos perder os dedinhos.

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Dedinho da Saúde, dedinho da Educação, dedinho até do milho que ia – e não vai mais – para o Nordeste alimentar bodes e bois com milho subsidiado, para que o gado morra só de sede e não de fome na seca inclemente.

Dilma Roussef “degringolou as contas públicas” com um déficit de R$100 bi, contando todos os acertos das tais “pedaladas fiscais”.

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Michel Temer as está saneando com um déficit de R$ 200 bi.

Como assim? Mas não era a roubalheira da Odebrecht o que nos levava aos desastre nos gastos públicos, não eram as propinas a fonte de todo o mal e agora, com a Lava Jato, elas pararam de existir?

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Eu acho que vou na Igreja do Santíssimo Tripé, ver se tenho uma epifania neoliberal que me faça entender oque é essa retomada econômica onde se gasta mais, investindo nada, para ver se encontro algum otimismo.

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