Meirelles fracassa e rombo fiscal deve ir a R$ 156 bilhões

"Para fixar em até R$156 bilhões a nova meta fiscal, a equipe econômica valeu-se de um único critério: ter, em tese, um déficit fiscal menor que o autorizado – embora maior que o realizado – para 2016. A paralisação da máquina pública é parte do plano para aprovar, pela faca no pescoço, a reforma da Previdência", diz o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participa do seminário Os caminhos para a reforma da Previdência, no Hotel Golden Tulip, evento promovido pelo jornal Valor Econômico (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participa do seminário Os caminhos para a reforma da Previdência, no Hotel Golden Tulip, evento promovido pelo jornal Valor Econômico (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Como o Tijolaço tinha antecipado, mais cedo, o Governo vai anunciar, adiantada, a revisão da meta fiscal  para este ano.

Júlio  Wiziaki e Mariana Carneiro dizem, na Folha,  que “a equipe econômica considera antecipar para 15 de agosto a revisão da meta de deficit diante de uma frustração de cerca de R$ 5 bilhões na prévia da arrecadação de julho. Os números tornam mais difícil o cumprimento da meta de R$ 139 bilhões de deficit, que agora pode ficar entre R$ 150 bilhões e R$ 156 bilhões”.

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A decisão teria se originado com a frustração de receita em julho, que teria ficado abaixo de R$ 100 bilhões é desastrosa (fica muito abaixo, mesmo em valores nominais – sem correção inflacionária – do arrecadado em julho de 2006, R$  107,95 bilhões).

Se  isto for correto, o déficit corrente, acumulado em 12 meses, passará de R$ 190 bilhões, o que faz de uma rombo de R$ 150 ou 156 bilhões no final do ano seja um sonho de uma noite de verão. Mesmo considerada a antecipação de precatórios, R$ 170 bilhões seria o mínimo a esperar, dado o comportamento da receita.

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Para fixar em até R$156 bilhões a nova meta fiscal, a equipe econômica valeu-se de um único critério: ter, em tese, um déficit fiscal menor que o autorizado – embora maior que o realizado – para 2016.

A paralisação da máquina pública é parte do plano para aprovar, pela faca no pescoço, a reforma da Previdência.

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A situação fiscal é caótica e você começará a ler isso, em alguns dias, até nos jornais que chamam este desastre de “dream team”.

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