CNI, que apoiou o golpe, tenta garantir seu filão no sistema S

Entidade presidida por Robson Andrade disse ser "inconstitucional" a inclusão dos recursos das contribuições de empresas ao Sesi e Senai, entidades que integram o Sistema S, no Orçamento federal; "Pelo contrário, comprometerá o trabalho de reconhecida excelência desenvolvido pelas duas instituições na formação profissional e na saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros", justifica a CNI no comunicado. Para a confederação, essas verbas "são privadas e não podem ser consideradas impostos"

O Presidente da CNI, Robson Andrade, durante recepção, no Palácio do Planalto, dos 56 competidores do Brasil na 43ª edição da WorldSkills, a olimpíada internacional de profissões técnicas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Presidente da CNI, Robson Andrade, durante recepção, no Palácio do Planalto, dos 56 competidores do Brasil na 43ª edição da WorldSkills, a olimpíada internacional de profissões técnicas ( Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Aquiles Lins)


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247 - A Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apoiou o golpe parlamentar de 2016 que destruiu a economia e a imagem do País, disse ser "inconstitucional" a inclusão dos recursos das contribuições de empresas ao Sesi e Senai, entidades que integram o Sistema S, no Orçamento federal.

A entidade presidida por Robson Andrade disse que uma eventual mudança que permita essa contabilização "não ampliará o controle nem a transparência sobre os recursos".

"Pelo contrário, comprometerá o trabalho de reconhecida excelência desenvolvido pelas duas instituições na formação profissional e na saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros", justifica a CNI no comunicado. Para a confederação, essas verbas "são privadas e não podem ser consideradas impostos".

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A Receita Federal repassou no ano passado R$ 16,4 bilhões às 11 entidades do Sistema S. O dinheiro é recolhido pelas empresas – conforme o setor, o porcentual varia de 0,2% a 2,5% sobre a folha de pagamentos – para bancar atividades de qualificação de mão de obra, desenvolvimento de microempresários e proporcionar atividades de lazer e saúde. Neste ano, entre janeiro e setembro, o Fisco recolheu R$ 12,8 bilhões e repassou ao Sistema S.

O relator de receitas do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2018, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que pretende incluir em seu relatório a previsão de que esses recursos sejam contabilizados no Orçamento. O objetivo é dar mais transparência à aplicação do dinheiro, sem diminuir o valor destinado a essas atividades. Parecer da Comissão de Orçamento do Senado é favorável à medida.

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A CNI destacou ainda que entende, pela legislação, que os serviços sociais autônomos não estão sujeitos à exigência de licitação para contratação de bens ou serviços. "É por isso que seria inconstitucional a inclusão da arrecadação das contribuições compulsórias do SESI e do SENAI no Orçamento da União", destaca a nota.

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