No feirão de Temer, China leva quase tudo

Depois do golpe de 2016, que abriu uma temporada de liquidação de empresas nacionais, quem mais se beneficiou foi a China; em 2017, os chineses mantiveram a liderança e avançaram mais um pouco no ranking de fusões e aquisições realizadas por estrangeiros no Brasil; com investimento de US$ 10,68 bilhões, a China foi responsável por 35% desses negócios no país, ante 32% em 2016. No total, fusões e aquisições com capital externo somaram, até 11 de dezembro, US$ 30,47 bilhões, em comparação com US$ 36,59 bilhões em todo o ano passado, segundo levantamento da consultoria londrina Dealogic; chineses dizem que investimento no Brasil é "estratégico"; as apostas estão concentradas em três setores: energia, mineração e agricultura

No feirão de Temer, China leva quase tudo
No feirão de Temer, China leva quase tudo (Foto: Beto Barata/PR)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Com o feirão de ativos e o entreguismo nacional de Michel Temer, os chineses mantiveram a liderança e avançaram mais um pouco neste ano no ranking de fusões e aquisições realizadas por estrangeiros no Brasil. Com investimento de US$ 10,68 bilhões, a China foi responsável por 35% desses negócios no país, ante 32% em 2016. No total, fusões e aquisições com capital externo somaram, até 11 de dezembro, US$ 30,47 bilhões, em comparação com US$ 36,59 bilhões em todo o ano passado, segundo levantamento da consultoria londrina Dealogic.

Mas por que os chineses, a despeito da crise brasileira, continuam a investir no país? O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, disse que a decisão é "estratégica", porque o Brasil é um país com "vasto mercado, sólido sistema financeiro e estabilidade política". Segundo ele, a crise não preocupa, uma vez que a economia segue trajetória de recuperação gradual e, acredita, entrará em novo ciclo de prosperidade. Além disso, "é nos tempos ruins que conhecemos os bons amigos", disse.

A China se tornou a maior fonte de investimento estrangeiro no Brasil, mas as apostas ainda estão concentradas em três setores: energia, mineração e agricultura. Governo e setor privado veem perspectiva de diversificação desses investimentos em 2018 e entrada dos chineses em outros projetos.

continua após o anúncio

Até agora, com exceção de linhas de transmissão, os investimentos em infraestrutura têm sido basicamente em ativos já existentes, como CPFL, terminal de contêineres do porto de Paranaguá (PR) e o aeroporto do Galeão, no Rio. No início de janeiro, o governo de São Paulo deve definir a substituição do consórcio Odebrecht/Queiroz Galvão/UTC por outro que tem a japonesa Mitsui e os chineses na Linha 6-Laranja do metrô.

As informações são de reportagem de Mata Watanabe e Daniel Rittner no Valor.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247