Gasolina e conta de luz puxam alta da inflação em maio

No acumulado em 12 meses, IPCA subiu para 2,86%, mostra o IBGE. Só a gasolina, impactou o índice em 0,15 ponto percentual (mais de um terço) da inflação no mês

Funcionário abastece carro em posto de combustíveis no Rio de Janeiro, Brasil 30/9/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Funcionário abastece carro em posto de combustíveis no Rio de Janeiro, Brasil 30/9/2015 REUTERS/Ricardo Moraes (Foto: Aquiles Lins)


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Marize Muniz, CUT - Os aumentos nos preços da gasolina, conta de luz e transporte provocaram os maiores impactos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA de maio ficou em 0,4% - em relação a abril, aumentou 0,22%.

IPCA em maio:

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Taxa no mês: 0,4%
Acumulado no ano: 1,33%
Acumulado em 12 meses: 2,86%
O peso da gasolina na composição do índice

Só a gasolina, que vem tendo seus preços reajustados quase diariamente pela Petrobras, impactou o índice em 0,15 ponto percentual (mais de um terço) da inflação no mês, devido o forte peso do combustível na composição do IPCA.

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Os preços médios da gasolina nos postos subiram 3,35% no mês, enquanto os do diesel aumentaram 6,16%, segundo a pesquisa. No ano, a gasolina acumula alta de 6,82%, e o diesel, de 10,43%.

Em 12 meses, os preços dos combustíveis tiveram alta de 19,59%. A gasolina foi a que mais subiu neste período – em média, ficou 21,48% mais cara no país. Já o diesel acumulou aumento de 19,78% em um ano, o etanol 12,18%, o gás de cozinha 13,04%, e o GNV 13,84%.

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Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, apenas "Artigos de residência" apresentou deflação em maio (-0,06%).

Variação do IPCA em maio por setor:

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Alimentação e Bebidas: 0,32%
Habitação: 0,83%
Artigos de Residência: - 0,06%
Vestuário: 0,58%
Transportes: 0,4%
Saúde e Cuidados Pessoais: 0,57%
Despesas Pessoais: 0,11%
Educação: 0,06%
Comunicação: 0,16%
Energia

No grupo Habitação, o destaque foi a energia elétrica que, após a alta de 0,99% registrada em abril, subiu 3,53% em maio, correspondendo a 0,12 p.p. no índice do mês. Desde 1º de maio vigora a bandeira tarifária amarela, adicionando a cobrança de R$0,01 a cada kwh consumido.

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Alimentos

Entre os alimentos, os destaques de alta foram a cebola (de 19,55% em abril para 32,36% em maio), a batata-inglesa (de -4,31% em abril para 17,51% em maio), as hortaliças (de 6,46% em abril para 4,15% em maio) e o leite longa vida (de 4,94% em abril para 2,65% em maio).

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O IBGE destacou que, pela primeira vez desde julho de 2014, o IPCA para serviços registrou deflação, provavelmente por conta da queda na demanda. A queda foi de 0,09% na comparação com abril puxada, sobretudo, pela queda nos preços das passagens aéreas (-14,71). Em 12 meses, a taxa para serviços foi de 3,32%, a mais baixa da série iniciada em 2012.

Impactos da greve

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O IPCA de maio refletiu apenas "uma parcela" dos impactos da greve dos caminhoneiros, que ocorreu na última semana da coleta. Na maioria das situações, principalmente dos alimentos, os pesquisadores não encontraram os produtos, portanto, não computaram os preços.

A coleta de preços da pesquisa foi feita entre 28 de abril e 29 de maio em 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.

O IBGE adiantou também que o índice de junho deverá ser impactado pela alta das contas de luz. Isso porque passou a vigorar no dia 1º a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que prevê acréscimo na cobrança de R$ 5 a cada 100 kWh consumido. Em maio vigorava a tarifa amarela, que acrescenta R$ 1 às contas a cada 100 kWh consumido.

INPC varia 0,43% em maio

O IBGE também divulgou nesta sexta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para reajustes salariais, subiu 0,43% em maio, acima da variação de 0,21% de abril.

No ano, o acumulado foi de 1,12%, menor nível em um mês de maio desde 2000, quando o acumulado foi de 0,83%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice foi de 1,76%, ficando acima do 1,69% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores.

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