Mercado quer Lula preso de qualquer jeito: é bom para os negócios

Artigo publicado no portal InfoMoney, uma das "bíblias" do chamado "mercado" admite claramente que é preciso manter Lula preso para que seus negócios continuem a fluir sem sobressaltos; há um "novo sinal de alerta para os mercados" relata o artigo, por causa da próxima votação de recurso pela liberdade do ex-presidente no STF; se for solto, diz o artigo, Lula pode alterar rapidamente o cenário político nacional e eleitoral -o que apavora o "mercado" 

Artigo publicado no portal InfoMoney, uma das "bíblias" do chamado "mercado" admite claramente que é preciso manter Lula preso para que seus negócios continuem a fluir sem sobressaltos; há um "novo sinal de alerta para os mercados" relata o artigo, por causa da próxima votação de recurso pela liberdade do ex-presidente no STF; se for solto, diz o artigo, Lula pode alterar rapidamente o cenário político nacional e eleitoral -o que apavora o "mercado" 
Artigo publicado no portal InfoMoney, uma das "bíblias" do chamado "mercado" admite claramente que é preciso manter Lula preso para que seus negócios continuem a fluir sem sobressaltos; há um "novo sinal de alerta para os mercados" relata o artigo, por causa da próxima votação de recurso pela liberdade do ex-presidente no STF; se for solto, diz o artigo, Lula pode alterar rapidamente o cenário político nacional e eleitoral -o que apavora o "mercado"  (Foto: Mauro Lopes)


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247 - Artigo publicado no portal InfoMoney, uma das "bíblias" do chamado "mercado" (os bancos, rentistas e especuladores em geral) admite claramente que é preciso manter Lula preso para que seus negócios continuem a fluir sem sobressaltos. Há um "novo sinal de alerta para os mercados" relata o artigo, por causa da decisão do ministro Edson Fachin de colocar um recurso que pede a liberdade do ex-presidente em julgamento na Segunda Turma do STF. No artigo, afirma-se que se for solto, Lula pode alterar rapidamente o cenário político nacional e eleitoral -o que apavora o "mercado". 

O artigo é emblemático, porque não dedica uma linha sequer ao tema da inocência ou culpabilidade de Lula, restringindo-se aos cálculos sobre o destino das operações do "mercado" em função da decisão do Supremo. O que preocupa o "mercado" é a força política de Lula, que precisa ser mantida aprisionada. O texto diz claramente: 

"A postura de Fachin, que poderia ter sido evitada com decisão monocrática, fez crescer a percepção sobre alguma possibilidade de o ex-presidente ser solto, o que poderia permitir ao menos uma participação mais ativa no jogo eleitoral, mesmo se houvesse impedimento à própria candidatura, em função das determinações da Lei da Ficha Limpa, como hoje se espera. Solto, Lula poderia ter maior força política para transferir votos a um nome apoiado pelo PT na corrida presidencial.

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Tal possibilidade preocupa investidores, por oferecer ainda mais riscos à vitória de um candidato da centro-direita, pró-reformas econômicas ortodoxas, nas eleições em outubro."

Ou seja, o mercado nem sonha com Lula candidato, o que apertaria o botão de pânico. Só o fato de o ex-presidente estar solto e poder atuar livremente na vida nacional já é motivo para extremo nervosismo neste universo da elite brasileira. 

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O texto ainda reproduz trecho de um artigo da equipe de análises da XP Investimentos (que pertence ao Banco Itaú):"'Diante das dificuldades em manter suas posições sobre a Lava Jato na turma, Fachin dá sinais de que não pretende mais lidar sozinho com o ônus de 'segurar' casos para não perder na turma. Algo na linha de que 'cada um arque com as consequências de seu voto', observou a equipe de análise da XP Investimentos". 

Leia o trecho mais relevante do artigo abaixo ou clique aqui para a íntegra: 

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A decisão do ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), de liberar para julgamento na Segunda Turma um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender os efeitos da condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP), acendeu um novo sinal de alerta para os mercados, que começaram a monitorar com maior atenção uma elevação do risco político nos últimos dias.

No despacho, o magistrado pediu ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Turma, para colocar a questão em pauta no dia 26 de junho. O colegiado é conhecido por ter uma maioria contrária ao entendimento do cumprimento da pena antes do trânsito em julgado, que permite a prisão após condenação em segunda instância, situação em que Lula se encontra há pouco mais de dois meses, quando foi preso para cumprir pena de 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Além de Edson Fachin e Ricardo Lewandowski, a Segunda Turma do STF é composta pelos ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

A postura de Fachin, que poderia ter sido evitada com decisão monocrática, fez crescer a percepção sobre alguma possibilidade de o ex-presidente ser solto, o que poderia permitir ao menos uma participação mais ativa no jogo eleitoral, mesmo se houvesse impedimento à própria candidatura, em função das determinações da Lei da Ficha Limpa, como hoje se espera. Solto, Lula poderia ter maior força política para transferir votos a um nome apoiado pelo PT na corrida presidencial.

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Tal possibilidade preocupa investidores, por oferecer ainda mais riscos à vitória de um candidato da centro-direita, pró-reformas econômicas ortodoxas, nas eleições em outubro. Lula lidera a corrida presidencial em todas as pesquisas que consideram sua candidatura. No último levantamento Datafolha, o ex-presidente teve 30% das intenções de voto, contra 17% do segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Diferença similar foi registrada pela última pesquisa XP/Ipespe, que mostra o petista com o mesmo patamar e o ex-capitão do Exército com 19% das intenções de voto.

A defesa de Lula pede urgência na suspensão da condenação do ex-presidente, uma vez que ele é pré-candidato à presidência e tem seus direitos políticos cerceados em função da execução da pena determinada por unanimidade pelos três desembargadores que compõem a 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). "Além de ver sua liberdade tolhida indevidamente, corre sério risco de ter, da mesma forma, seus direitos políticos cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível", argumentaram os advogados no pedido relatado por Fachin.

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"Diante das dificuldades em manter suas posições sobre a Lava Jato na turma, Fachin dá sinais de que não pretende mais lidar sozinho com o ônus de 'segurar' casos para não perder na turma. Algo na linha de que 'cada um arque com as consequências de seu voto'", observou a equipe de análise da XP Investimentos. Para eles, existe uma possibilidade de ministros que discordaram do momento da prisão de Lula aproveitem a oportunidade para 'consertar' a decisão por outros meios. Por outro lado, eles avaliam tal possibilidade como heterodoxa.

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