‘Mercado’ sente que Haddad já ganhou: bolsa desaba e dólar vai a R$ 4,18

Por mais que a mídia alinhada ao golpe tenha tentado esconder, a grande novidade do Datafolha é a força do PT; segundo a pesquisa, 33% dos eleitores votam com certeza em quem Lula indicar, ou seja, Fernando Haddad, e 16% podem vir a votar – o que abre espaço até para uma vitória em primeiro turno; Haddad promete taxar lucros e dividendos, assim como aumentar o IR dos mais ricos, para distribuir melhor a riqueza; outra promessa é a democratização da mídia

‘Mercado’ sente que Haddad já ganhou: bolsa desaba e dólar vai a R$ 4,18
‘Mercado’ sente que Haddad já ganhou: bolsa desaba e dólar vai a R$ 4,18 (Foto: Ricardo Stuckert)


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Infomoney - Os negócios no mercado brasileiro são, mais uma vez, influenciados pelas expectativas com as eleições presidenciais. Os investidores repercutem a pesquisa Datafolha nesta terça-feira (11), que não mostrou o enfraquecimento da esquerda, conforme era esperado após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira (6). Ao mesmo tempo, as bolsas internacionais registram queda, de olho na tensão comercial entre China e Estados Unidos.

Às 11h38 (horário de Brasília), o Ibovespa acentuava suas perdas e tinha queda de 2,18%, aos 74.768 pontos. O contrato do dólar com vencimento em outubro registrava ganhos de 2,09%, cotado a R$ 4,18, e o dólar comercial subia 1,83%, para R$ 4,168 na venda. O risco-Brasil, medido pelo CDS, e os juros futuros também sobem.

O Datafolha mostrou aumento dentro da margem de erro para Bolsonaro, que agora tem 24%, oscilando para cima contra 22% no levantamento de 22 de agosto. Em segundo lugar, a disputa ficou embolada entre quatro candidatos: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), provável candidato do PT com a impugnação da candidatura de Lula pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Vale destacar a evolução dos nomes nas pesquisas: Ciro apresentou um notável crescimento, Marina "desidratou", Alckmin chegou aos dois dígitos, mas com crescimento ainda em ritmo baixo, ao mesmo tempo em que Haddad passou de 4% na pesquisa de 22 de agosto para 9% no levantamento divulgado ontem. Já no segundo turno, Bolsonaro não venceria em nenhum dos cenários simulados (veja a análise clicando aqui).

Ainda no destaque político, Haddad deve assumir hoje a chapa presidencial do PT, até 19h (de Brasília) quando termina o prazo para que o partido oficialize a troca de candidato. Além disso, é esperada para essa noite a divulgação de mais uma pesquisa, do Ibope.

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Enquanto isso, durante a manhã, mais um fator complicador para Alckmin: o seu correligionário, o ex-governador do Paraná Beto Richa, candidato ao Senado pelo PSDB, foi preso na manhã desta terça-feira pelo Gaeco em Curitiba, no Paraná.

O cenário externo também não é favorável. O crescente receio sobre as relações comerciais entre as maiores economias do mundo pressionam as bolsas globais. Segundo a Reuters, a China pediu autorização à OMC (Organização Mundial do Comércio) para impor tarifas aos Estados Unidos. A Casa Branca anunciou na segunda-feira (10) que está coordenando uma segunda reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

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Destaques da Bolsa

A Petrobras registra queda de mais de 2%, a Eletrobras (ELET3 -5,66%;ELET6 -5,85%) tem queda de mais de 3%, enquanto os bancos como Banco do Brasil (BBAS3 -3,94%), Bradesco (BBDC3 -3,73%;BBDC4 -3,57%) e Itaú Unibanco (ITUB4 -3,3%) caem entre 2% e 3%. Com a alta do dólar comercial, apenas empresas exportadoras sobem no Ibovespa, caso de Suzano (SUZB3 -1,74%), Fibria (FIBR3 +0,34%) e Embraer (EMBR3 +0,2%).

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