Proposta do 'Posto Ipiranga' para IR cria apartheid social

Economista Paulo Guedes, da equipe de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que pretende criar um imposto de renda único, com alíquota de 20% para todas as pessoas; caso a proposta seja aprovada, o trabalhador que ganha R$ 1.500, o que ganha R$ 8 mil ou o empresário que fatura R$ 150 mil por mês pagarão o mesmo IR; segundo Pedro Rossi, economista da Unicamp, a proposta de Guedes é contrária ao princípio da progressividade da carga tributária

Proposta do 'Posto Ipiranga' para IR cria apartheid social
Proposta do 'Posto Ipiranga' para IR cria apartheid social (Foto: Esq.: Marcelo Camargo - ABR)


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247 - O economista Paulo Guedes, responsável pelo projeto econômico da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que pretende criar um imposto de renda único, com alíquota de 20% para todas as pessoas, sejam físicas ou jurídicas. Caso a proposta seja aprovada, o trabalhador que ganha R$ 1.500, o que ganha R$ 8 mil ou o empresário que fatura R$ 150 mil por mês pagarão o mesmo imposto de renda de 20%.

Segundo Pedro Rossi, economista da Universidade de Campinas (Unicamp), a proposta de Guedes é contrária ao princípio da progressividade da carga tributária. Atualmente, quem ganha até R$ 1.900 está isento do IR no Brasil. A partir daí o IR retido nos salários é cobrado por faixas que vão de 7,5% a 27,5%, cobrados de ganhos a partir de R$ 4.664. Dessa forma, com a proposta da equipe de Bolsonaro, o IR ficaria mais caro para quem ganha menos e menor para os salários ou rendimentos maiores.

"Se isso acontecer no Brasil vai ser um escândalo A carga tributária como um todo já é muito regressiva porque ela é baseada em impostos indiretos. O IR é um dos componentes mais progressivos da nossa carga tributária. Então eles querem transformar um componente neutro em regressivo. É um claro aceno da campanha de Bolsonaro aos mais ricos", afirma o economista. O relato foi publicado na Carta Capital.

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De acordo com o estudioso, a proposta irá aumentar a desigualdade social no Brasil. "O projeto do Paulo Guedes é o do (presidente Michel) Temer ao quadrado. Fundamentalista e neoliberal. Teria ou terá um efeito catastrófico em uma sociedade desigual como a nossa. Vamos tender para o apartheid social. É insustentável", acredita o economista.

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