Produção da Petrobrás cai 5% enquanto petróleo bate recorde de preço

Às vésperas da 5ª rodada de leilão do pré-sal, a Petrobrás anunciou uma queda de 5,1% em sua produção de agosto em comparação com o mês anterior; quando comparada com o mesmo período de 2017, retração foi de cerca de 9%; recuo acontece quando o barril está contado a US$ 82, maior cotação internacional dos últimos quatro anos, e após o governo Michel Temer entregar o pré-sal às petroleiras internacionais; preço dos combustíveis, atrelado ao dólar por decisão do ex-presidente da estatal Pedro Parente, também deve subir para o consumidor final

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247 - Às vésperas da 5ª rodada de leilão do pré-sal, que será realizada apenas uma semana antes da eleição presidencial de outubro, a Petrobrás anunciou uma queda de 5,1% em sua produção de petróleo no mês de agosto em comparação com o mês anterior. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o declínio na produção foi ainda maior: cerca de 9%. A retração acontece em meio a uma alta na cotação internacional do combustível, que alcançou os US$ 82, maior valor dos últimos quatro anos, e após o governo Michel Temer praticamente entregar o pré-sal às petroleiras internacionais em detrimento da Petrobrás.

Segundo a estatal, a produção total de petróleo e gás, em agosto, foi de 2,47 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Desse total, 2,35 milhões boed foram produzidos no Brasil e 116 mil boed no exterior. Em julho, a Petrobrás registrou a produção de 2,60 milhões boed. Quando excluídas as operações com o gás natural, a Petrobrás apontou uma produção diária de 1,92 milhão de barris, retração de 4,9% sobre julho.

A situação tende a ficar ainda pior, quando se observa que a tendência é de que o preço do petróleo permaneça em alta, podendo chegar a US$ 100 o barril. Os principais países produtores, Rússia e Arábia Saudita, não estão ampliando sua produção, de forma a manter os preços elevados.

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Além disso, o Irã vem sendo alvo de sanções por parte dos Estados Unidos, o que fez o país do Oriente Médio reduzir sua produção e, consequentemente, a oferta de petróleo no mercado internacional. Associado a estes movimentos, existe uma alta pela procura do combustível, o que ajuda explicar o boom atual na cotação internacional. Internamente, a situação deverá resultar no aumento dos valores dos combustíveis pagos pelo consumidor nas bombas dos postos de gasolina.

Além da política entreguista implantada por Temer logo após o golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff, em 2016, o ex-presidente da Petrobrás Pedro Parente alterou a política de preços da estatal atrelando-a ao dólar e a variação do preço do petróleo no mercado internacional.

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Com a alta do dólar, justificada pelo mercado em nome da incerteza política representada pelo cenário eleitoral, e a redução da oferta, o preço cobrado nas bombas tende a subir nos postos de todo o Brasil mais uma vez.

 

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