General diz que vai retomar obras paradas e Eletrobras não será vendida
Um dos coordenadores do plano de governo de Jair Bolsonaro (PSL) e cotado para ser ministro da área de infraestrutura, o general da reserva Oswaldo Ferreira considera que "o refino e a distribuição de petróleo possam ficar com a iniciativa privada", mas que "o caso da Eletrobras precisa ser conversado"; ele assegura que um eventual governo do capitão reformado será democrático; "Uma coisa que eu posso deixar claro é que nós [militares] somos democratas. E disso não abro mão"
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247 - Um dos coordenadores do plano de governo de Jair Bolsonaro (PSL) e cotado para ser ministro da área de infraestrutura ou Transportes em um eventual governo do capitão reformado, o general da reserva Oswaldo Ferreira afirma que irá retomar obras paradas e defende preservar a Eletrobras como uma estatal. As declarações foram dadas em entrevista à Folha de S.Paulo.
"Considero que o refino e a distribuição de petróleo possam ficar com a iniciativa privada. O caso da Eletrobras precisa ser conversado", declara. No entanto, "o plano de concessões deve prosseguir porque, segundo ele, 'com R$ 30 bilhões [de Orçamento para investimentos] por ano não vai dar'".
Questionado se um governo Bolsonaro seria autoritário, ele responde: "Uma coisa que eu posso deixar claro é que nós [militares] somos democratas. E disso não abro mão. O Exército é uma instituição democrática".
"Agora, temos regras marcantes: além da disciplina, uma coisa boa para a democracia, existe a hierarquia, que também faz muito bem. A tropa é uma representação da sociedade. Bolsonaro é um capitão, e o bom chefe, o bom líder é o que dá o exemplo, e ele é justo. É assim que funcionamos", complementa.
"Será um governo estritamente legal. Se existe essa dúvida, não deveria. Não existe a hipótese de [Bolsonaro] querer coisas que não estejam previstas na Constituição", declara.
Recentemente, Ferreira chamou a atenção ao dar uma declaração polêmica em entrevista ao Estado de S.Paulo. Ao contar sobre o tempo em que construiu os primeiros 13 quilômetros da BR 163, há 37 anos, relatou:
"Eu fui tenente feliz na vida. Quando eu construí estrada, não tinha nem Ministério Público nem o Ibama. A primeira árvore que nós derrubamos (na abertura da BR-163), eu estava ali... derrubei todas as árvores que tinha à frente, sem ninguém encher o saco. Hoje, o cara, para derrubar uma árvore, vem um punhado de gente para encher o saco".
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