OIT adverte sobre risco de manipulação de dados de emprego por Bolsonaro

Diretor de estatísticas da Organização Internacional do Trabalho, Rafael Diez de Medina, disse que o ataque do presidente eleito Jair Bolsonaro, ao monitoramento do desemprego realizado pelo IBGE mostra o perigo de uma manipulação dos dados em seu governo; "Toda declaração de um pessoa que vai ocupar um cargo tão alto, e que de uma maneira bastante agressiva questiona uma definição internacional, de alguma maneira me faz pensar que existe um certo perigo sobre o que poderia ocorrer no futuro se existe uma discrepância técnico na qual os dados não são o que politicamente se queira"

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247 - A Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), se posicionou nesta quarta-feira, 8, favorável ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) classificar como "farsa" a pesquisa histórica do instituto sobre o desemprego no Brasil. 

O chefe de estatísticas e diretor do Departamento de Estatísticas da OIT, Rafael Diez de Medina, alertou que as declarações de Bolsonaro podem indicar um risco de manipulação dos dados relativos ao emprego em seu governo. 

"Toda declaração de um pessoa que vai ocupar um cargo tão alto, e que de uma maneira bastante agressiva questiona uma definição internacional, de alguma maneira me faz pensar que existe um certo perigo sobre o que poderia ocorrer no futuro se existe uma discrepância técnico na qual os dados não são o que politicamente se queira", disse Medina ao jornalista Jamil Chade, correspondente do jornal Estado de S. Paulo

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Para Medina, o que preocupa é uma eventual erosão da independência das estatísticas diante do poder público. "A intromissão do sistema político é um perigo", insistiu. "Uma das primícias é a independência das estatísticas e autonomia com o objetivo de evitar a interferência política nessa elaboração. E isso implica seguir os padrões internacionais", defendeu.

Na segunda-feira, 5, em entrevista à Band, Bolsonaro disse que pretende mudar a forma como se calcula oficialmente o número de desempregados. "Vou querer que a metodologia para dar o número de desempregados seja alterada no Brasil. O que está aí é uma farsa", afirmou, sem citar especificamente o IBGE, mas respondendo a uma pergunta sobre os últimos dados do instituto referentes à contínua queda do desemprego (leia mais).

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