Novo pacote de venda de ativos da Petrobras, de US$10 bilhões, aprofunda destruição da estatal

Dando continuidade ao programa de desinvestimento feito pelo governo de Michel Temer, a direção da Petrobrás anunciou que vai vender US$ 10 bilhões de dólares em ativos nos primeiros quatro meses do ano, aprofundando o desmonte da estatal

Novo pacote de venda de ativos da Petrobras, de US$10 bilhões, aprofunda destruição da estatal
Novo pacote de venda de ativos da Petrobras, de US$10 bilhões, aprofunda destruição da estatal (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)


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Reuters - A Petrobras (PETR4.SA) poderá vender 10 bilhões de dólares em ativos nos primeiros quatro meses do ano, diante da realização de um programa de desinvestimentos muito mais agressivo que o anterior, afirmou nesta sexta-feira o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

O executivo disse depois que a projeção inclui recursos que podem ser obtidos com a venda da rede de gasodutos TAG, cujo processo de alienação já está nas etapas finais.

A estatal relançou na terça-feira um processo para permitir novos lances de interessados na TAG, que já recebeu uma oferta avaliada em cerca de 8 bilhões de dólares de um grupo liderado pela francesa Engie. conforme publicado pela Reuters com informação de fontes.

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A companhia também já anunciou neste ano a venda da refinaria de Pasadena, para a Chevron, do campo de Maromba, para a BW Offshore, e a conclusão da negociação de ativos de distribuição no Paraguai.

“Acredito que, nos primeiros quatro meses do ano, nós tenhamos realizado desinvestimentos de 10 bilhões de dólares e pretendemos fazer muito mais do que isso ao longo do tempo”, disse Castello Branco, ao participar do seminário “Nova Economia Liberal”, na Fundação Getulio Vargas (FGV).

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“Talvez, em 12 meses, nós tenhamos três ou quatro vezes mais que esses 10 bilhões de dólares, tudo vai depender do mercado.”

O executivo reiterou o foco principal da companhia nas atividades que trazem maior rentabilidade, que são a exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas.

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Junto com os desinvestimentos, que buscam também desalavancar a empresa, Castello Branco pontuou seu objetivo de buscar redução de custos e melhor retorno para os acionistas.

Segundo ele, a Petrobras teve grande melhora financeira, mas ainda está “muito aquém” de outras gigantes petroleiras internacionais.

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No seminário, que contou com atores importantes do governo brasileiro, incluindo o ministro da Economia, Paulo Guedes, Castello Branco voltou a defender a privatização de bancos estatais, assim como da Petrobras. No entanto, ponderou que isso não está na pauta.

“Já que não podemos privatizar, não temos mandato para isso, vamos transformar a Petrobras o mais próximo possível de uma empresa privada, que crie valor para seus acionistas e o principal acionista da Petrobras é a sociedade brasileira”, afirmou.

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Durante a fala, o executivo também pontuou, sem entrar em detalhes, que a empresa está trabalhando juntamente com o governo federal para mudar e aprimorar o ambiente de negócios para o gás natural no Brasil.

Segundo Castello Branco, a Petrobras será parte do setor, mas não tem a intenção de ser dominante, como atualmente.

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O governo federal tem preparado uma reforma regulatória no setor de gás natural para aumentar a competição e reduzir custos, conforme publicado mais cedo nesta semana pela Reuters com informação de uma fonte.

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