Dólar dispara com caos do governo Bolsonaro

Percepção do mercado é de que Jair Bolsonaro não vai se empenhar para aprovar projetos como a reforma da Previdência no Congresso; com isso, o dólar chegou ao maior patamar ante o real desde o começo de outubro na máxima desta quarta-feira (26); Às 12:24, a moeda americana avançava 1,96%, a R$ 3,9424 na venda; na máxima, a cotação chegou a R$ 3,9615; a Bolsa de Valores teve queda, em meio a receios com o ambiente político; às 11:19, o Ibovespa caía 1,99%, a 93.412,94 pontos. No pior momento nesta manhã, recuou 2%; o volume financeiro somava R$ 2,82 bilhões

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar chegou ao maior patamar ante o real desde o começo de outubro na máxima desta quarta-feira, quando disparava diante de clima de intensa desconfiança no mercado sobre a capacidade do governo de articular com o Congresso a aprovação da reforma previdenciária.

O dia negativo para moedas emergentes no exterior também pressiona os negócios no Brasil, conforme investidores começam a entender a postura mais acomodatícia de alguns bancos centrais como resultado de um enfraquecimento além do esperado na economia global.

Às 12:24, o dólar avançava 1,96 por cento, a 3,9424 reais na venda. Na máxima, a cotação chegou a 3,9615 reais, aproximando-se da marca de 4 reais, nível em que fechou pela última vez em outubro.

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Na B3, a referência do dólar futuro avançava cerca de 1,8 por cento, a 3,948 reais.

Depois do intenso fluxo de notícias da véspera, que expuseram ainda mais as dificuldades do governo na negociação para a reforma, o mercado reage nesta quarta-feira ao que está sendo interpretado como mais uma derrota do Executivo diante da Câmara dos Deputados, num momento já de instabilidade na relação entre ambos.

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A Câmara aprovou, em votação na noite de terça-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatória a execução de emendas coletivas no Orçamento da União. O texto foi aprovado em dois turnos por ampla maioria e agora seguirá para o Senado. A PEC contraria o que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem defendendo como “plano B” à reforma Previdência, que seria a desvinculação total do Orçamento.

“O recado é claro. O governo não tem apoio. E menos ainda para uma pauta impopular como a reforma (da Previdência). O mercado está sendo chamado à realidade”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

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Os investidores ainda aguardam nesta quarta-feira a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.

As compras recentes de dólar têm sido lideradas sobretudo pelos investidores estrangeiros, que já sustentam posições líquidas compradas (que ganham com a alta do dólar) de 37,1 bilhões de dólares. Apenas na véspera, houve compra líquida de quase 1 bilhão de dólares.

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“Nem mesmo a entrada do exportador está conseguindo aliviar o câmbio. No máximo, não deixa subir mais”, disse Marcos Trabbold, da B&T Corretora.

O Banco Central vendeu todos os 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem do vencimento abril. Com isso, já renovou 11,600 bilhões de dólares dos 12,321 bilhões de dólares com vencimento no começo de abril.

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