Lucro de bancos brasileiros bate recorde e chega a R$ 98,5 bilhões

Relatório divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira, 11, mostra que a rentabilidade dos bancos brasileiros terminou 2018 no maior patamar em sete anos; de acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos somou R$ 98,5 bilhões no ano passado e, com isso, bateu recorde da série histórica, que começa em 1994; enquanto isso, a economia brasileira patina e o desemprego chega a 13,1 milhões de pessoas

Lucro de bancos brasileiros bate recorde e chega a R$ 98,5 bilhões
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247 - Relatório divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira, 11, mostra que a rentabilidade dos bancos brasileiros terminou 2018 no maior patamar em sete anos. Chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional chegou a 14,8% em dezembro do ano passado. Ao final de 2011 estava em 16,5%.

De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos somou R$ 98,5 bilhões no ano passado e, com isso, bateu recorde da série histórica, que começa em 1994.

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O aumento da rentabilidade dos bancos brasileiros acontece em meio a uma economia estagnada, com o desemprego chegando a 13,1 milhões de pessoas. Além disso, o cenário é de juros elevados. Apesar da taxa Selic estar no menor patamar da história (6,5% ao ano), em algumas linhas de crédito, os juros são próximos de 300% ao ano. 

Leia também reportagem da Reuters sobre o assunto:

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Bancos fecham 2018 com melhor rentabilidade em 7 anos, mas BC vê estabilização à frente

A rentabilidade dos bancos em 2018 foi a mais alta em sete anos, voltando a níveis pré-crise, destacou o Banco Central nesta quinta-feira, mas a expectativa adiante é de estabilização do indicador, após os bancos terem cortado gordura em custos e diminuído despesas de provisão.

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Em dezembro, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido do sistema bancário alcançou 14,8 por cento, sobre 13,6 por cento um ano antes, no melhor fechamento anual desde 2011 (16,5 por cento), divulgou o BC em seu Relatório de Estabilidade Financeira, com dados do segundo semestre do ano passado.

Segundo o diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza, as instituições brasileiras ficam, com isso, na média da rentabilidade mundial.

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Em coletiva de imprensa, ele ressaltou que a melhoria foi beneficiada pelo forte recuo nas despesas de provisão. Em 2016, essa linha somou 120 bilhões de reais, montante que caiu para 85 bilhões de reais em 2017 e, finalmente, para cerca de 65 bilhões de reais em 2018.

Para Souza, o nível de despesa de provisão deve agora se manter nessa faixa, a não ser que medidas estruturais, de melhoria no ambiente de garantias, levem a uma redução na inadimplência.

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"Para que o sistema financeiro continue a apresentar uma rentabilidade na faixa de 15 por cento, isso só será possível caso ele consiga ter demanda de crédito que permita ele migrar aplicações em títulos para operações de crédito ou que ele aumente, dentro de cada uma de suas carteiras, ele migre de operações com spread um pouquinho maior", avaliou o diretor.

"Fora isso, a rentabilidade chegou num patamar que a gente considera que não tem mais grandes margens, oportunidades de ampliação", acrescentou.

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O presidente do BC, Roberto Campos Neto, já chegou a afirmar publicamente que, embora o lucro dos bancos seja crescente, a rentabilidade no Brasil já foi bem maior, na casa de 19 a 20 por cento ao ano, quando a Selic também era mais alta. Hoje, a taxa básica de juros está na sua mínima histórica de 6,5 por cento.

No relatório, o BC destacou que com a perspectiva de estabilização das despesas de provisão e do custo de captação, a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força.

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"Nesse contexto, o crescimento da carteira e a alteração do mix da carteira, com proporção maior de portfólios mais rentáveis – crédito a pessoas físicas e a PME (pequenas e médias empresas) –, podem contribuir marginalmente para novos incrementos", trouxe o documento.

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