Nelson Barbosa: salário mínimo corrigido pelo PIB per capita é opção para ganho real
Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa observa que a decisão do governo Jair Bolsonaro de não conceder mais aumentos reais para o salário mínimo, incorporando apenas a inflação, também poderá afetar o crescimento do PIB; alternativa, segundo ele, seria adotar uma nova política de piso salarial baseada na média do PIB per capita, que teria "a vantagem de preservar o princípio de que aumentos reais devem acompanhar a evolução da economia, só que de modo mais suave, e sem gerar impacto fiscal em 2020"
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247 - O economista, professor da FGV e UnB e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento Nelson Barbosa observa que a decisão do governo Jair Bolsonaro de não conceder mais aumentos reais para o salário mínimo, incorporando apenas a inflação, deverá resultar em um gasto primário do governo reativamente menor, mas que também poderá afetar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "Difícil separar as duas coisas", diz Barbosa em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.
Segundo ele, a valorização do salário mínimo, que vigorou nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, "foi importante para recuperar o poder de compra de grande parte da população brasileira e deveria continuar, só que de modo mais moderado". Para ele, uma alternativa seria adotar uma nova política de piso salarial baseada na média do PIB per capita, que teria "a vantagem de preservar o princípio de que aumentos reais devem acompanhar a evolução da economia, só que de modo mais suave, e sem gerar impacto fiscal em 2020".
"Dado que a própria base do governo no Congresso manifestou insatisfação com a decisão de Bolsonaro sobre salário mínimo, talvez a melhor saída seja adotar uma regra que não pressione o Orçamento do próximo ano, mas garanta aumentos reais sustentáveis a partir de 2021, caso a economia volte a crescer de modo satisfatório. Fica a dica do PIB per capita, para governo e oposição", diz.
Leia a íntegra da coluna.
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